Uma grande operação policial prendeu, nesta sexta-feira (17), 16 suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e de ordenar os ataques entre grupos rivais em bairros em Vitória. A ação foi concentrada na região do Bairro da Penha, Bonfim, São Pedro e Andorinhas e, entre os detidos, está segundo homem da lista de criminosos que comandam o tráfico nessa área.
Após a semana de tensão com diversos conflitos e confrontos entre gangues, incluindo até granada deixada perto de escola, a Operação Sicário — de combate à violência, homicídios e ao tráfico — envolveu as polícias Militar, Civil, Rodoviária Federal e as guardas municipais em Vitória e Vila Velha.
A ação começou pouco depois das 5 horas da manhã com policiais em helicópteros monitorando as partes mais altas dos bairros, sobrevoando casas.
Os 16 suspeitos presos, segundo a polícia, comandavam o tráfico e davam ordem para ataques em Vitória. "Foi uma operação muito importante porque 16 indivíduos perigosos ligados diretamente ao tráfico de entorpecentes e a toda essa violência, que a gente assiste no Espírito Santo, foram presos", afirmou o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Alexandre Ramalho.
Segundo a polícia, o segundo homem da lista de criminosos que comandam o tráfico de drogas na região está entre os detidos. "Foi logo no começo da operação, ele foi detido na saída de um baile clandestino. Estava passando no local sob efeito de entorpecentes e, neste momento, conseguimos efetuar a prisão", completou.
A ação, intitulada Operação Sicário, contou com cerca de 150 policiais, incluindo equipes da Superintendência de Polícia Especializada (SPE), Superitendência de Polícia Interestadual e Captura (Supic), Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), Polícia Rodoviária Federal(PRF), Secretaria de Justiça (Sejus) e Guarda Municipal de Vitória.
A ação contou ainda com apoio do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (NOTAer). Um helicóptero da corporação foi visto sobrevoando Vitória, na região do Bairro da Penha. Várias viaturas da Polícia Civil ocuparam ruas do bairro.
O nome da operação faz referência aos crimes que motivaram a expedição dos mandados de prisão. A palavra sicário é originária do Latim sicarius e refere-se ao indivíduo sedento de sangue; sanguinário; cruel.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Izaura Marques da Silva, em Andorinhas, Vitória, foi atingida mais uma vez por disparo de arma de fogo em mais um tiroteio no bairro na última terça-feira (14). Segundo a Polícia Militar, o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) recebeu a informação de que houve tiros na região durante a tarde.
De acordo com informações obtidas pela TV Gazeta, os disparos ocorreram na Rua Penha Paula Francisco. Um dos alvos foi o colégio — que já havia sido atingido por disparos em agosto deste ano. No momento dos tiros havia mais de 70 alunos estudando no local.
Ainda nesta semana, na manhã de terça-feira, quem estava próximo à praça do bairro Itararé presenciou tiros. De acordo com informações passadas pela Polícia Militar, a equipe que estava na região viu um homem armado no local. Quando os policiais foram avistados, ele e as demais pessoas que o acompanhavam fugiram.
No entanto, depois de buscas realizadas nas proximidades, o suspeito foi localizado e ordenado a parar. Naquele momento, segundo a PM, o suspeito "virou o braço para trás e apontou a arma, fazendo menção de atirar contra os policiais". Os militares revidaram e o homem, então, foi atingido por um disparo na perna esquerda e caiu, largando a pistola.
Por causa do ferimento, ele foi levado para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência sob escolta.
Na última quarta-feira (15), Andorinhas foi ponto de movimentação policial após um artefato motivar o isolamento de uma rua do bairro. A granada de fabricação caseira foi detonada pelo esquadrão antibombas da Polícia Militar por volta das 15h20. O local onde estava o explosivo fica ao lado da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Izaura Marques da Silva.
Na ocasião, o soldado Pedro Frasson, da PM, explicou que o artefato poderia ter machucado várias pessoas, por ser de fabricação caseira e se utilizar de objetos cortantes, como pregos e pedaços de metal.
"Era uma granada improvisada que normalmente o pessoal do tráfico usa. Pode ser chamado de um tipo de bomba de fabricação caseira fabricada por bandidos. Começaram a usar mais no ano passado, quando houve um aumento muito substancial do uso dessas granadas e artefatos improvisados para atacar gangues rivais", afirmou.
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