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Ordem de presídio levada por advogado resultou em morte no ES

Ordem de presídio levada por advogado resultou em morte no ES

Frank advoga para membros do Primeiro Comando de Vitória (PCV) e levou a ordem de Ícaro Santana Soares para assassinar Fernando e a esposa de Ícaro

Publicado em 16 de setembro de 2019 às 17:47

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Advogado Frank William de Moraes Leal Horário, 30 anos, acusado de levar ordem de presídio que resultou em uma morte. (Divulgação)

O advogado Frank William de Moraes Leal Horácio, 30 anos, e mais nove criminosos são réus por assassinato. Frank Willian foi preso na última sexta-feira (13), em decorrência da investigação que apura o homicídio de Fernando Monteiro Telles. Frank advoga para membros do Primeiro Comando de Vitória (PCV) e levou a ordem de Ícaro Santana Soares para assassinar Fernando e a esposa de Ícaro, segundo o delegado Rodrigo Sandi Mori, titular da DHPP Serra.

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Fernando foi morto em 28 de março, no Bairro da Penha, em Vitória, após ser atraído para o local. "Ele era um dos melhores amigos de Ícaro, chefe do tráfico de São Marcos e Serra Dourada, e pediu a Fernando que recolhesse o dinheiro das bocas de fumo e entrasse à esposa. Porém, durante os encontros Fernando e a esposa de Ícaro passaram a se relacionar", descreveu.

O Delegado Rodrigo Sandi Mori. (Glacieri Carrareto)

O advogado foi quem pegou o recado de Ícaro, na Penitência de Guarapari e repassou aos comparsas para que matassem o casal.

Fernando, a vítima, foi atraída por amigos, no dia 28 de março, para o Bairro da Penha, em Vitória, onde foi assassinado a facadas e teve a cabeça decepada por Isac Nunes de Aguir, rival dele no tráfico da Serra, mas amigo de Ícaro, juntamente com os comparsas: Bruno, Filipe, Edmaycon, Deivison, um adolescente de 17 anos e Fernando Moraes Pereira Pimenta, o Marujo.

"Marujo é hoje o atual chefe do Primeiro Comando de Vitória. Ele foi responsável por autorizar a morte de Fernando, participar da execução, e ordenar que o corpo fosse retirado do Bairro da Penha para tirar o foco das investigações no local e dificultá-las", afirmou Sandi Mori.

Aspas de citação

le ultrapassa os limites de atuação da advocacia e passa a atuar em conjunto com criminosos a partir do momento em que trás uma ordem pra matar de dentro do presídio; escreve uma carta de próprio punho a pedido do mandante e coloca em risco a vida de testemunhas ouvidas no inquérito policia

Delegado Rodrigo Sandi Mori
Cargo do Autor
Aspas de citação

O corpo foi levado para a rodovia Audifax Barcelos, onde foi queimado dentro do carro de Fernando. Ao todo, 10 pessoas são réus pelo crime, sendo que somente Marujo e Edmaicon estão foragidos.

O QUE DIZ A OAB-ES

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Espírito Santo (OAB-ES) informa que está acompanhando o caso por meio da Comissão de Prerrogativas. Quanto a procedimentos ético-disciplinares, a Ordem informa que os processos internos tramitam sobre sigilo, por força de Lei Federal, e que não pode passar informações.

PONTO CEGO

o advogado Frank William de Moraes Leal Horário, cometeu um crime parecido com o das advogadas  Gabriela Ramos Acker e Luezes Markelle da Silva Rocha, presas pela operação Ponto Cego, no último mês de agosto. Segundo o Delegado Rodrigo Sandi Mori, o advogado foi preso a partir da investigação de um assassinato. O Gazeta Online  entrou em contato com a Secretaria de Estado da Segurança Pública para esclarecer se Frank também é alvo da Operação Ponto Cego.

>Operação Ponto Cego: advogadas deixam presídio

De acordo com o Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas (Nuroc), a Operação foi finalizada com a detenção de duas suspeitas que eram investigadas. Informações sobre investigações contra outras pessoas são mantidas sob sigilo.

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