Uma clínica localizada no Centro de Vila Velha teve o WhatsApp clonado por criminosos que, se passando pela unidade de saúde, marcavam falsos exames em troca de pagamento via Pix. Quando os pacientes chegavam até o local, ficavam sabendo que haviam caído em um golpe. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Na última sexta-feira (2), por exemplo, uma mulher de 64 anos se deslocou do interior do Estado para realizar uma mamografia, que havia sido marcada via WhatsApp. Chegando lá, descobriu que, na verdade, tinha falado com os criminosos pelo número clonado. Ela pagou R$ 75 pelo exame, por uma chave Pix com um e-mail que tinha até o nome da clínica. Os suspeitos chegaram a falar horários disponíveis para o exame e tirar dúvidas, como se fossem funcionários.
Desde que soube da clonagem, em 3 de janeiro deste ano, a gerência da clínica registrou um boletim de ocorrência. " De fato, o WhatsApp da clínica foi hackeado. Isso ocorreu por meio de um sequestro da conta no aplicativo. Assim que a unidade foi notificada, emitiu comunicados em todas as suas mídias e distribuiu cartazes com avisos sobre a situação dentro e fora da clínica. Importante ressaltar que a rede sempre busca conscientizar seus pacientes de que Pix são feitos apenas presencialmente nas unidades e, nos prints recebidos, muitos deles se mostram cientes sobre isso", informou a assessoria — como o estabelecimento também foi vítima dos criminosos, o nome da unidade não será divulgado.
A Polícia Civil disse que "o 6º Distrito Polícia de Vila Velha trabalha para que os suspeitos sejam identificados e responsabilizados. A população pode denunciar através do Disque-denúncia (181) qualquer tipo de irregularidade, ilegalidade ou repassar informações que ajudem as polícias na elucidação de delitos ou infrações".
A reportagem de A Gazeta perguntou à clínica quantas vítimas os criminosos fizeram, mas eles responderam que, como a situação está em aberto, eles não têm esse número.
"A unidade está disponibilizando consultas bonificadas ou reembolso de valores, a depender da preferência dos pacientes que buscarem a unidade demonstrando que foram vítimas do golpe. A polícia já está envolvida e a unidade tem buscado ajuda jurídica para solucionar a questão e se blindar contra esse tipo de sequestro de conta. Ressalto por fim que a conta em que os golpes foram aplicados está sendo alvo de uma liminar para bloqueio imediato. O processo já está em andamento", completou a clínica.
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