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Padrasto é preso por estuprar e torturar enteada em Barra de São Francisco

Padrasto é preso por estuprar e torturar enteada em Barra de São Francisco

Suspeito também é investigado por manter a menina de nove anos em cárcere privado, sem água ou comida; criança precisou ser internada em um hospital

Publicado em 21 de novembro de 2022 às 12:51

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Um homem de 30 anos foi preso suspeito de estuprar, torturar e manter em cárcere privado a enteada dele, uma menina de nove anos, em Barra de São Francisco, região Noroeste do Estado. A prisão ocorreu no último sábado (19), na zona rural do município, em cumprimento de mandado de prisão e contou com apoio do serviço reservado da Polícia Militar. O caso foi divulgado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (21). 

A equipe da Delegacia Regional de Barra de São Francisco prendeu um homem suspeito de ser autor de um estupro de vulnerável.
Equipe da Delegacia Regional de Barra de São Francisco prendeu o suspeito de estuprar a enteada de nove anos. (Policia Civil | Reprodução)

Segundo o titular da 14ª Delegacia Regional, delegado Leonardo Forattini, o caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil por meio do Conselho Tutelar, no dia último dia 11 de novembro. A criança ficou internada no hospital por uma semana, por ter passado sete dias sem comida e água.

"A criança foi internada no hospital no dia 11 deste mês, e chegou desidratada, desnutrida, com pneumonia, cistite e faringoamigdalite ao local. Ela estava muito desnutrida, pois ficou privada de água e comida por vários dias. Nós instauramos inquérito no mesmo dia e procedemos à oitiva da avó. Havia também suspeita de que a criança estava sendo vítima de abuso sexual", contou o delegado.

Ainda conforme o delegado, a criança permaneceu hospitalizada e no dia 18 desse mês recebeu alta médica. "Nesse mesmo dia nós a levamos ao Serviço Médico Legal (SML) de Colatina, onde ficou constatada a violência sexual, além do intenso sofrimento, físico e mental, a que foi submetida. Em razão da gravidade do fato, o médico enviou o laudo no mesmo dia, por volta das 23h. No dia seguinte, nesse sábado (19), representamos pela prisão preventiva do padrasto. O juízo de plantão decretou a prisão no início da tarde e minutos depois nós prendemos o padrasto, dentro da casa dele", acrescentou Forattini.

O suspeito foi detido, sem oferecer resistência, e encaminhado à Delegacia Regional de Barra de São Francisco, onde prestou depoimento e negou os crimes. Ele foi encaminhado ao presídio, onde permanece à disposição da Justiça.

As investigações continuam. "Vamos colher outros elementos para apurar melhor a conduta da mãe. Não sabemos exatamente por quanto tempo esses abusos vinham acontecendo. A vítima pouco falou, e apenas para as conselheiras. A menina está traumatizada como nunca vi antes. Vamos pedir o depoimento especial dela, que é feito por psicólogo do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES)", disse o chefe da delegacia, que ainda orienta que qualquer pessoa que tenha conhecimento de crimes como este acione o Conselho Tutelar ou traga o caso até o conhecimento da Polícia Civil, que adotará as providências necessárias

“Todas as pessoas do convívio da criança e do adolescente são responsáveis pela sua segurança e podem fazer denúncias caso constatem a violação de seus direitos. Agora este homem foi retirado do convívio da vítima e responsabilizado por seus atos hediondos", afirmou.

Os nomes dos envolvidos e do bairro onde o fato ocorreu não estão sendo divulgados para não expor a vítima, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad - Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990).

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