O pai do jovem Gabriel Ferreira, 21, morto no último sábado em Andorinhas, Vitória, foi até a Corregedoria da Polícia Militar para denunciar o policial que atirou contra o filho dele. Contudo, ele foi informado que se não conseguisse provar a acusação, ele poderia ser processado. Se sentindo acuado, Gilcimar Ferreira acabou não fazendo a denúncia.
"Eu fui bem tratado por uma moça, mas um rapaz disse que se eu não conseguisse provar nada, eu receberia um processo do PM que fez esse crime", disse.
Gabriel foi morto no último sábado em um beco do bairro Andorinhas, durante uma operação policial. A versão da polícia é de que Gabriel apontou uma arma para os militares, que revidaram. Já moradores do bairro contaram uma outra versão. Segundo eles, Gabriel se rendeu ao ser abordado pela polícia, chegou a se ajoelhar, mas foi baleado pela polícia.
"Meu irmão confiava tanto na polícia, que ele se ajoelhou quando foi abordado. Ele não imaginava que seria assassinado, que fariam essa covardia contra ele", disse a irmã de Gabriel, Amanda Ferreira.
Em nota, a Polícia Militar disse que a resposta que Gilcimar obteve não é a orientação dada aos militares na Corregedoria e que já instaurou inquérito para apurar a ação dos policiais. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
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