O pai e a madrasta de uma menina de cinco anos que foi brutalmente agredida em Linhares, no Norte do Espírito Santo, foram presos na noite desta quarta-feira (26), suspeitos de cometer o crime. Após as investigações, a polícia concluiu que as agressões foram praticadas pela mulher com a conivência do pai da garotinha, que está internada em estado grave em um hospital de Colatina.
De acordo com a Polícia Civil, eles foram indiciados por lesão corporal grave e tortura. O delegado Fabrício Lucindo afirmou que a menina era agredida há pelo menos 15 dias, em função das lesões encontradas no seu corpo, que apresentavam colorações diferentes.
O casal foi preso após ser ouvido novamente pelo delegado. Segundo ele, o inquérito foi concluído e a criança foi vítima de agressão. A polícia pediu a prisão, a Justiça concedeu e o pai e a madrasta foram presos. Segundo o delegado, a madrasta negou que agredia a garota, mas as investigações apontaram para a autoria dela. A identidade dos dois presos foi preservada para não expor a criança. Os detidos serão encaminhados ao sistema prisional na manhã desta quinta-feira (27).
A criança morava na Bahia, mas há um mês e 15 dias estava sob os cuidados do pai e da madrasta em Linhares. Segundo a polícia, a mãe da menina não mora na cidade, mas veio para o Espírito Santo e foi ouvida na condição de testemunha. Ela acompanha a filha no hospital.
Mais cedo, a polícia havia descartado que a menina tivesse sido vítima de abuso sexual, suspeita que havia quando ela recebeu os primeiros atendimentos em uma unidade de Linhares, na ultima segunda-feira (26). A vítima segue em estado grave no Hospital São José, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo.
A investigação do caso teve início na noite dessa segunda-feira (24), quando a menina deu entrada em estado grave em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Linhares. Ao constatarem os sinais de agressão, os médicos acionaram um representante do Conselho Tutelar, que foi quem decidiu chamar a Polícia Militar.
De acordo com as informações do boletim de ocorrência registrado pela PM, os médicos confirmaram as agressões que a menina apresentava aos agentes. O pai e a madrasta foram questionados pela polícia. A mulher afirmou que a menina estava inchada e que havia desmaiado após sofrer uma reação alérgica a um medicamento que tomou. Já o homem disse que estava trabalhando e que não sabia o que havia ocorrido.
A Prefeitura de Linhares informou que caso será acompanhado por uma equipe multidisciplinar da Secretaria de Assistência Social e pelo Conselho Tutelar. O caso está em segredo de Justiça.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta