A família da aluna, de 9 anos, que foi feita refém por mais de uma hora por um adolescente, de 17 anos, que invadiu uma escola armado com uma faca, na tarde desta quarta-feira (31), pediu a transferência da criança para outra unidade escolar do município. O adolescente foi internado no Hospital Estadual de Atenção Clínica (Heac).
Na tarde dessa quarta-feira (30), um ex-aluno, da Unidade Municipal de Ensino Fundamental Paulo César Vinha, em Residencial Jabaeté, na região da Grande Terra Vermelha, invadiu a escola, acessou uma sala de aula onde tinham 25 alunos e a professora, e ameaçou se matar.
Na sala de aula, ele disse que mataria a professora. O adolescente conseguiu fazer a criança de 9 anos refém. Os outros alunos e a professora conseguiram fugir.
A menina foi feita refém por mais de uma hora e libertada depois da negociação da Companhia Independente de Missões Especiais (CIMEsp) da Polícia Militar com o adolescente. A família da criança esteve na escola durante a manhã de quinta para pedir a transferência da menina para outra unidade.
O direito, Silverilzo Veiga, disse que a escola está agilizando os papéis para a transferência. Já estou entrando em contato com outra diretora. É uma pena, porque vamos perder uma aluna muito boa, declarou o diretor.
Segundo Veiga, a escola também vai dar apoio psicológico aos alunos. É uma responsabilidade muito grande. Por mais que a gente trabalhe para a comunidade, nós não estamos preparados para uma ocorrência desse tipo, revelou.
O diretor da escola explicou que o adolescente estudou na escola no primeiro semestre deste ano, no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA). O ex-aluno tem déficit de atenção e tinha acompanhamento de um profissional. A mãe dele contou ao diretor que ele estava depressivo e que tinha tirado os remédios na terça-feira (29).
Aos policiais, o adolescente contou que planejou a ação e que tinha a intenção de fazer uma professora refém, pois tem lembranças ruins de uma educadora que o desencorajou a seguir o sonho de ser militar. O estopim para que ele cometesse o ato teria sido o fato de a mãe do adolescente ter vendido o aparelho celular dele.
O ex-aluno disse para Silverilzo e outros professores que tinha tomado vários remédios e queria morrer. Os servidores, então, conversaram com o adolescente e o convenceram a voltar para casa. Segundo o diretor, por volta das 14h, o ex-aluno retornou à escola e fez a aluna refém.
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