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Pais pedem transferência de menina feita refém em escola de Vila Velha

Pais pedem transferência de menina feita refém em escola de Vila Velha

Caso aconteceu na tarde da última quarta-feira (31). O adolescente que fez o ataque foi internado no Hospital Estadual de Atenção Clínica (Heac).

Publicado em 31 de outubro de 2019 às 21:35

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Saída das crianças da escola em Terra Vermelha. (Carlos Alberto Silva)

A família da aluna, de 9 anos, que foi feita refém por mais de uma hora por um adolescente, de 17 anos, que invadiu uma escola armado com uma faca, na tarde desta quarta-feira (31), pediu a transferência da criança para outra unidade escolar do município. O adolescente foi internado no Hospital Estadual de Atenção Clínica (Heac).

Na tarde dessa quarta-feira (30), um ex-aluno, da Unidade Municipal de Ensino Fundamental Paulo César Vinha, em Residencial Jabaeté, na região da Grande Terra Vermelha, invadiu a escola, acessou uma sala de aula onde tinham 25 alunos e a professora, e ameaçou se matar.

Na sala de aula, ele disse que mataria a professora. O adolescente conseguiu fazer a criança de 9 anos refém. Os outros alunos e a professora conseguiram fugir.

A menina foi feita refém por mais de uma hora e libertada depois da negociação da Companhia Independente de Missões Especiais (CIMEsp) da Polícia Militar com o adolescente. A família da criança esteve na escola durante a manhã de quinta para pedir a transferência da menina para outra unidade.

O direito, Silverilzo Veiga, disse que a escola está agilizando os papéis para a transferência. “Já estou entrando em contato com outra diretora. É uma pena, porque vamos perder uma aluna muito boa”, declarou o diretor.

Segundo Veiga, a escola também vai dar apoio psicológico aos alunos. “É uma responsabilidade muito grande. Por mais que a gente trabalhe para a comunidade, nós não estamos preparados para uma ocorrência desse tipo”, revelou.

O CASO

O diretor da escola explicou que o adolescente estudou na escola no primeiro semestre deste ano, no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA). O ex-aluno tem déficit de atenção e tinha acompanhamento de um profissional. A mãe dele contou ao diretor que ele estava depressivo e que tinha tirado os remédios na terça-feira (29).

Aos policiais, o adolescente contou que planejou a ação e que tinha a intenção de fazer uma professora refém, pois tem lembranças ruins de uma educadora que o desencorajou a seguir o sonho de ser militar. O estopim para que ele cometesse o ato teria sido o fato de a mãe do adolescente ter vendido o aparelho celular dele.

O ex-aluno disse para Silverilzo e outros professores que tinha tomado vários remédios e queria morrer. Os servidores, então, conversaram com o adolescente e o convenceram a voltar para casa. Segundo o diretor, por volta das 14h, o ex-aluno retornou à escola e fez a aluna refém.

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