Familiares do menino de três anos que morreu afogado na piscina de um parque aquático em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, contam que os pais da criança estão desolados com ocorrido. A criança estava no local sob os cuidados do pai, que pediu para um amigo vigiar o filho por instantes. O homem de 25 anos, que estava vigiando o filho do amigo, acabou preso em flagrante por homicídio por omissão.
Uma familiar, que não quis ser identificada, contou que o menino foi sepultado no domingo (12) em um cemitério particular no bairro IBC, em Cachoeiro de Itapemirim. “Os pais estão desolados. O velório foi algo inexplicável, é muita dor. Estão crucificando o pai, queria que as pessoas parassem, pois ele está sofrendo demais”, disse a mulher.
Os pais do menino são separados. Segundo ela, a criança mora com a mãe, no bairro Zumbi. “No sábado, o pai estava com a criança no parque para um dia de lazer, já a mãe está cuidando da outra filha do casal, de seis meses, internada na Utin”, contou a familiar.
Segundo registro da Polícia Militar, o pai do menino saiu do local e teria deixado a criança sob a responsabilidade de um amigo, que não viu o afogamento. O pai, ainda conforme a PM, teria se ausentado do local de moto para buscar uma amiga. À polícia, o pai contou que o menino não estava usando boia.
O amigo afirmou aos militares que estava com a filha em uma das piscinas e vigiava o menino de 3 anos que estava em outra, há cerca de 80 metros de distância. Quando saiu da água para buscar um objeto na bolsa, um banhista apareceu com o menino no colo, desacordado, dizendo que ele tinha se afogado.
O homem que tirou o menino da água se apresentou como fisioterapeuta, fez os primeiros-socorros e viu que a vítima estava pálida e sem pulso. Minutos depois chegou a ambulância do Samu, que tentou reanimar o menino, sem sucesso.
O pai do menino e o amigo dele foram encaminhados para a delegacia de Cachoeiro de Itapemirim. Segundo a Polícia Civil, o amigo do pai, de 25 anos, foi atuado em flagrante por homicídio por omissão. Como não recolheu a fiança arbitrada pela autoridade policial, foi encaminhado ao sistema prisional. Já o pai, de 26 anos, foi ouvido e liberado.
A direção do parque aquático Acqua Park Cachoeiro informou que nem os dois guardas da piscina, nem as cerca de 50 pessoas que estavam próximas no momento, e nem o rapaz responsável pela criança viram o momento em que ela se afogou. Afirmou que assim que o menino foi avistado, foram feitos os primeiros socorros com a equipe do parque durante três minutos.
O Samu chegou quatro minutos depois e levou a criança para a UTI móvel, onde tentaram reanimá-la por cerca de 50 minutos. O parque aquático lamentou o ocorrido e informou que, em respeito à família, o clube não abriu neste domingo (12) e nem na próxima quarta-feira (15), feriado da Proclamação da República.
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