As famílias dos adolescentes desaparecidos em Sooretama, no Norte do Espírito Santo, lamentaram a notícia de que a força-tarefa nas buscas pelos meninos seria desmobilizada no domingo (27). A partir desta segunda-feira (28), a atuação policial no caso vai continuar a partir das investigações da Polícia Civil.
Kauã Loureiro e Carlos Henrique Trajanos, ambos de 15 anos, e Wellington Simon, de 14, foram vistos pela última vez no último dia 18 de agosto, quando saíram de casa, no bairro Sayonara, e foram até Areal, bairro vizinho, após um tiroteio que teve uma pessoa baleada. Desde então, os meninos não deram mais notícias.
Já são 10 dias sem informações sobre o paradeiro dos adolescentes e a falta de respostas causa angústia a Marcelo Correa, pai de Kauã. “Não sei se (meu filho) está vivo, morto, se está comendo, bebendo. A gente não sabe de nada. A esperança é a última que morre e a minha está viva. Eu ainda tenho esperança que eles estão vivos. A gente acha que quanto mais trabalho, melhor. Entendo que as chuvas atrapalham. Vamos ver o que resolvem, alguma coisa tem que sair”, contou.
Às lágrimas, Simone Gomes, mãe de Wellington, lembra que as famílias permaneceram, em vigília, na frente da Prefeitura de Sooretama na última semana.
No último sábado (26), A Gazeta trouxe a informação de que a perícia indicou que o sangue encontrado em um carro apreendido pela polícia durante as buscas aos jovens era humano. As famílias coletaram exames para ser feita a comparação com o material. A expectativa é que o resultado saia em até 30 dias, podendo o prazo ser antecipado, devido à repercussão do caso. Não foram obtidas mais novidades no último fim de semana.
As buscas aconteceram com apoio de cães farejadores, drone, helicóptero e especialistas em matas, entre a última quarta (23) e este sábado (26).
Em entrevista para a TV Gazeta, o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, coronel Alexandre Ramalho, comentou que os trabalhos continuam para resolver o caso e que a retirada do aparato que atuava nas buscas foi recolhido para atender outras demandas da segurança.
“Nós estivemos empenhados desde a última segunda-feira em buscas incessantes. Desde quarta, estamos vasculhando vários locais, mapeando. Percebemos que pelo padrão internacional de buscas, que leva quatro dias, nós estávamos há cinco dias com esse efetivo pesado. Precisamos atender outras demandas da segurança pública, mas o processo não para. Não quer dizer que as buscas acabaram, que o trabalho acabou.
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