> >
Para agilizar policiamento, PM poderá registrar ocorrência na rua no ES

Para agilizar policiamento, PM poderá registrar ocorrência na rua no ES

Novo Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) da Polícia Militar passa a permitir que o policial lavre ocorrências de menor potencial ofensivo e contravenções penais pelo celular, sem a necessidade de ir a uma delegacia

Publicado em 5 de novembro de 2020 às 09:55

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Segurança - Policial militar
Novo modelo de registro de ocorrências promete manter policial por mais tempo na rua. (Carlos Alberto Silva)

Uma mudança na forma de registrar as ocorrências policiais promete manter os militares por mais tempo na rua. O governo do Estado, por meio da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), lançou nesta quinta-feira (5) o novo Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) da Polícia Militar, que passa a permitir que o policial lavre ocorrências de menor potencial ofensivo e contravenções penais, pelo celular, sem a necessidade de ir a uma delegacia.

A mudança passa a valer a partir do dia 13 deste mês. De acordo com o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Alexandre Ramalho, explicou em entrevista ao Bom Dia ES, da TV Gazeta, que a ideia é que o policial possa registrar na rua, no local em que estiver, a ocorrência de crimes menores, com pena de até dois anos de prisão. 

"Crimes como apreender o cidadão com uma bucha de maconha, uma pedra de crack, imediatamente o policial vai poder fazer a ocorrência e enviar ao Ministério Público, então evita que ela saia do roteiro de policiamento que foi planejado e entre numa fila de espera para poder entregar uma ocorrência na delegacia", explicou o secretário.

JARDIM CAMBURI E DOMINGOS MARTINS

De acordo com o governador Renato Casagrande, o novo modelo será testado inicialmente no bairro Jardim Camburi, em Vitória, e em Domingos Martins, na região Serrana, antes de ser expandido para todo o Espírito Santo.

"Vai ser expandido para o Estado todo. Vamos levar o TCO para o Estado todo. É a integração das instituições e a aplicação de tecnologia para facilitar a vida do cidadão. O policial militar vai diretamente no seu celular encaminhar a ocorrência para o Ministério Público e poder Judiciário, sem precisar passar pela delegacia, sem precisar fazer o transporte da pessoa detida para a delegacia para registrar uma ocorrência. Agora o próprio policial militar faz no sistema esse encaminhamento. Inicia o processo dentro do sistema, sem precisar fazer deslocamento", detalhou o governador.

POLICIAIS POR MAIS TEMPO NA RUA

A ideia é reduzir deslocamentos de grandes distâncias, principalmente no interior do Estado, e melhorar a capacidade operacional das polícias Militar e Civil, visto que o efetivo policial de determinada localidade não precisará deixar a unidade de origem para finalizar pequenas ocorrências, gerando economia, também, aos cofres públicos.

"Qualifica o trabalho de todos, especialmente do policial civil. O policial civil vai ter mais tempo para investigar crime de alto impacto: homicídio, latrocínio, roubo com agressão. Terá tempo maior de se dedicar a crimes que causam maior transtorno a sociedade, se liberando de um varejo de crime de baixo impacto", defendeu Casagrande.

Para Ramalho, a mudança na forma de registrar as ocorrências também vai agilizar o trabalho da Polícia Militar e garantir que o policial fique mais tempo na rua.

"A partir do momento em que é lavrado esse TCO, o indivíduo se compromete a comparecer em juízo. Estamos trabalhando com o poder Judiciário para já ter a agenda do juízo, a data de apresentação do indivíduo. É evitar o deslocamento até a delegacia para entregar uma ocorrência simples. Tudo isso resolvido harmonicamente com a polícia Civil, polícia militar e um apoio muito grande do Ministério Público, do poder Judiciário. Isso faz com que o efetivo da Polícia Militar fique mais tempo nas comunidades", reforçou o secretário de segurança.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais