O patrão suspeito de matar um funcionário com uma paulada na cabeça em São Mateus, Norte do Espírito Santo, se apresentou à polícia com seu advogado, confessou o crime, alegando legítima defesa, e foi liberado. Segundo informações da Polícia Civil, o não encarceramento ocorreu porque o suspeito não estava em situação flagrancial e por estar contribuindo com as investigações.
O crime ocorreu no dia 20 de julho e o homem se apresentou dois dias depois. As informações foram confirmadas na manhã desta quinta-feira (29).
Segundo informações da Polícia Militar, houve um desentendimento entre o patrão e o funcionário em uma fábrica de blocos. Testemunhas contaram que o trabalhador tentou golpear o empresário com uma faca e acabou atingido com uma paulada na cabeça.
De acordo com os relatos, o empresário chegou pela manhã à fábrica e foi acordar o funcionário, que morava no local de trabalho, pois estava em situação de rua e não tinha onde viver. Neste momento, a vítima teria começado a ofender o patrão, que teria pedido para que o homem deixasse o local, pois não aceitava esse tipo de tratamento.
Testemunhas contaram ainda que o funcionário pegou uma bicicleta e saiu da fábrica, mas retornou em seguida, pegou uma faca e partiu para cima do patrão, que tentou fugir, mas foi perseguido. O empresário conseguiu pegar um pedaço de madeira para se defender e deu um golpe na cabeça do funcionário quando ele tentou lhe dar uma facada.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local, mas quando chegou, a vítima já estava sem vida.
Procurada na manhã desta quinta-feira pela reportagem de A Gazeta, a Polícia Civil enviou nota sobre o caso. Confira na íntegra.
"A Polícia Civil informa que o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Mateus. O suspeito compareceu, dois dias após o crime, espontaneamente na Delegacia Regional de São Mateus com seu advogado e confessou o crime alegando legítima defesa, mas por não estar em situação flagrancial e por estar contribuindo com a investigação não foi encarcerado. Como se trata de uma investigação em andamento, outros detalhes não serão divulgados, para preservar a apuração dos fatos."
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