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PC diz que suspeito de assassinato nem se apresentou nem foi ouvido e contesta advogado

PC diz que suspeito de assassinato nem se apresentou nem foi ouvido e contesta advogado

Profissional diz que cliente foi apresentado e ouvido em delegacia, mas liberado; Polícia Civil nega e diz que somente o advogado esteve em unidade policial

Publicado em 8 de junho de 2024 às 20:01- Atualizado há 22 dias

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura
Mikaella Mozer
Repórter / [email protected]
Errata Correção
10 de junho de 2024 às 17:25

A Polícia Civil informou que, ao contrário do que disse o advogado Arthur Sampaio, que representa o suspeito, o homem não foi apresentado à polícia e, logo, nem ouvido foi. Segundo a PC, o advogado esteve na delegacia e disse que gostaria de apresentar o cliente, mas isso não aconteceu. Questionado pela nossa reportagem novamente após a informação da polícia, o advogado não deu novas informações ou apresentou cópia das declarações que o cliente teria prestado à polícia, segundo a versão dele. Por isso, o título da reportagem foi alterado e o texto reformulado.

O advogado Arthur Sampaio, que faz a defesa do suspeito de matar Jaciara Cristina Schimidel do Nascimento a facadas no dia 26 de maio, em Cariacica, informou que José Carlos Cardoso dos Santos se apresentou à 16ª Delegacia de Polícia Civil de Boa Esperança, no Norte do Espírito Santo, na sexta-feira (7). A Polícia Civil contradiz o advogado e afirma que somente o profissional esteve na delegacia, mas que José Carlos não foi apresentado nem ouvido. Sampaio também afirmou que o ex-companheiro da vítima confessou o assassinato, mas teria sido liberado por não haver flagrante, o que não foi confirmado pela PC. A polícia não divulgou outras informações. 

"A Polícia Civil informa que o advogado do investigado compareceu, na última sexta-feira (7), à Delegacia de Polícia de Boa Esperança informando que gostaria de apresentá-lo para dar sua versão dos fatos, mas ele não foi apresentado e oitivado. O caso segue sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) e nenhum suspeito foi detido. Para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada", informou a corporação, em nota.

A reportagem demandou a Polícia Civil para saber se houve pedido da prisão do suspeito no dia do crime ou em outro momento, mas a corporação se limitou a repetir a nota do parágrafo acima. 

O crime

O corpo de Jaciara foi encontrado pelos próprios filhos, na residência dela, no bairro Santa Cecília. Uma nora da vítima, que também esteve no local do crime, contou à Polícia Militar, na ocasião, que não conseguia contato com a sogra há dois dias e, por isso, decidiu procurá-la. Ela disse que havia recebido uma ligação de uma mulher que seria irmã do companheiro da vítima, no caso, José Carlos Cardoso.

Segundo narrado à PM, a mensagem na ligação era para que fossem até a residência da vítima porque iriam encontrá-la esfaqueada e, possivelmente, morta. Na época do crime, a reportagem da TV Gazeta esteve no bairro Santa Cecília, onde vizinhos relataram ouvir brigas do casal, inclusive na madrugada do dia 26 de maio. José Carlos fugiu do local e não foi encontrado, após o crime.

Jaciara Cristina Schimidel do Nascimento, morta em Cariacica
Jaciara Cristina Schimidel do Nascimento foi morta a facadas em Cariacica. (Arquivo pessoal)

Segundo o advogado Arthur Sampaio, que faz a defesa de José Carlos, o suspeito alega que matou a vítima por legítima defesa. "No dia do crime, os dois brigaram, tendo Jaciara pegado a faca que depois seria usada no crime". Ainda segundo a defesa, durante a discussão, a vítima teria atingido a boca de José Carlos, momento em que ele a teria golpeado duas vezes. 

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