Nos próximos dias a Polícia Civil começa a oferecer um atendimento específico para pessoas vítimas de discriminação racial, religiosa, sexual e deficiência física. A Seção de Investigações Especiais está subordinada a Divisão Especializada Metropolitana e vai atender o público considerado minoria.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, essa seção foi criada no ano passado, mas só agora vai sair do papel. A responsável pelas investigações será a titular da Delegacia do Idoso, delegada Larissa Lacerda de Oliveira.
Entendemos que a doutora Larissa está em condições, capacitada, para desenvolver essas investigações. Toda ocorrência envolvendo discriminação racial, religiosa, por orientação sexual ou deficiência física será encaminhada para a doutora Larissa, disse o delegado.
O delegado explicou que a Seção de Investigações Especiais vai apurar crimes em que haja discriminação. Todo crime, todo comportamento agressivo com a motivação na orientação sexual, discriminação, agressão, injúria, calúnia, com essa nova nomenclatura do STF, que é o racismo, será feito nessa seção.
Os outros tipos de crimes envolvendo essas minorias continuarão com as investigações nas delegacias especializadas. Um homicídio, mesmo sendo motivado por homofobia, ficará a cargo da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). É a DHPP porque ela tem uma expertise maior, tem excelência na investigação.
Arruda também acrescentou que há mais de cinco anos a Academia de Polícia (Acadepol) já ministra aulas a respeito de orientação sexual para atender o público LGBTQI+ de forma adequada.
A Seção de Investigações Especiais vai funcionar junto com a Delegacia do Idoso, que fica localizada na Reta da Penha, no antigo prédio do Detran.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta