Uma jovem de 28 anos mandou mensagem para o WhatsApp da Delegacia Regional de Nova Venécia, no Noroeste do Estado, , nesta terça-feira (29), denunciando que era estuprada pelo pai desde os 10 anos. Ao pedir socorro, a jovem disse ainda queo agricultor de 46 anos a ameaçava de morte para que ela não revelasse os abusos. Segundo a Polícia Civil, uma equipe foi até a casa da família e prendeu o suspeito, que confessou o crime.
A Polícia Civil informou que a vítima morava com o pai e o irmão, um adolescente de 15 anos, na zona rural de Nova Venécia. O canal de denúncia que a jovem utilizou para relatar o crime foi criado recentemente, segundo o delegado Douglas Sperandio.
Em depoimento à polícia, ela contou que o pai nunca realizou o registro civil dela, a impedia de estudar e de ter amigos, mantendo-a isolada. “A violência começou quando ela tinha 10 anos, e ela era ameaçada de morte, caso contasse a alguém sobre os abusos. Como eles sempre moraram em lugares muito ermos, ela nunca conseguiu falar com um vizinho que fosse e tinha medo de procurar ajuda e ser realmente morta pelo pai. No trajeto até a delegacia, a moça só chorava e agradecia, afirmando que foi salva pela Polícia”, contou o delegado
A jovem contou que o último estupro tinha ocorrido na noite anterior e entregou uma peça de roupa com resquícios de material biológico. A roupa foi apreendida e encaminhada para a perícia.
Já vítima foi encaminhada para acompanhamento psicossocial no Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do município. A Polícia Civil informou que acionou o Conselho Tutelar, para encaminhamento do adolescente de 15 anos, irmão da jovem.
O agricultor de 46 anos foi autuado em flagrante pelos crimes de estupro de vulnerável, estupro e dano emocional à mulher, na modalidade continuada, na forma da Lei Maria da Penha. Ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de São Domingos do Norte, e depois será levado para o presídio de Xuri, em Vila Velha, onde permanece à disposição da Justiça.
Para a Polícia Civil, a jovem relatou que foi deixada pela mãe com a avó logo quando nasceu. A avó a menina a abandonou com uma moradora de rua, que depois de um tempo a entregou para uma tia-avó. Depois disso, ela foi morar com o pai e a madrasta. A mulher saiu de casa depois que descobriu os abusos, mas não denunciou os crimes.
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