Suspeito de estuprar de forma cruel oito mulheres na Grande Vitória, o microempresário Glaupiherle Grasihelo Rocha, 36 anos, tem um histórico de violência. Ele responde a dois processos pela Lei Maria da Penha e possui pedidos de medida protetiva contra ele.
Um dos processos que tramita na 5ª Vara Criminal de Cariacica foi feito pela ex-mulher de Glaupiherle, em 2015. Na época, ela o denunciou por violência doméstica e entrou com um pedido urgente de Medida Protetiva contra o microempresário, com quem ela tem dois filhos.
O segundo processo que Glaupiherle responde foi instaurado há pouco mais de um mês. De acordo com o Tribunal de Justiça do Espírito Santo, no dia 16 de setembro, o microempresário foi novamente denunciado por violência doméstica, desta vez por uma jovem de 20 anos. A vítima também possuía medida protetiva contra o suspeito, de acordo com a Lei Maria da Penha.
Glaupiherle estava atualmente separado e morava em São Francisco, Cariacica, onde foi preso na manhã da última quinta-feira (24). Pai de um menino e uma menina, ele exaltava o amor pelos filhos nas redes sociais.
De acordo com vizinhos, ele era conhecido no bairro, chegou a prestar serviços de frete e como pintor antes de ter o negócio próprio, no ramo de construção civil. Moradores também relataram que o suspeito costumava ir a festas e ficava agressivo quando bebia. Eles inclusive afirmaram já terem ouvido brigas do microempresário.
A Polícia Civil ainda não sabe dizer quando os estupros cometidos por Glaupiherle começaram, mas até o momento oito vítimas já foram identificadas. Elas relataram que o microempresário fazia abordagem de carro, em uma Saveiro branca, e com uma arma ordenava que elas entrassem dentro do veículo. Ele então dirigia até um local ermo, onde cometia os estupros, introduzindo diversos objetos nestas vítimas.
Quatro mulheres já identificaram Glaupiherle como autor dos estupros, mas a polícia acredita que ele tenha feito outras vítimas na Grande Vitória. Na última semana, inclusive, um post alertando mulheres contra um estuprador viralizou nas redes sociais. Segundo a polícia, a publicação se refere ao microempresário. A informação inicialmente foi negada pela polícia para não atrapalhar as investigações.
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