A Polícia Científica concluiu que o artefato encontrado embaixo do carro de uma mulher na Praça do Cauê, em Vitória, no dia 26 de outubro do ano passado, não era uma bomba, mas um rastreador. O objeto chegou a ser detonado na ocasião, já que havia a suspeita de que pudesse ser um explosivo.
A informação foi confirmada à reportagem de A Gazeta nesta quarta-feira (18). No dia em que tudo aconteceu, uma área da Praça do Cauê chegou a ser isolada para que o esquadrão antibombas fizesse o procedimento de detonação.
Na época, a proprietária do veículo, uma assistente social de 55 anos, afirmou que era perseguida por um homem há meses. Por isso, ela estava atenta e percebeu o objeto estranho acoplado ao carro dela.
"Como eu estava sendo perseguida, sentindo que alguém estava me vigiando, e também já fui abordada por um casal tentando me chantagear, dizendo que tinha supostas provas contra mim, resolvi averiguar o meu carro: deitei e verifiquei que tinha esse objeto. Então, resolvi chamar a polícia", detalhou.
A assistente social acrescentou ainda que já havia entrado com uma medida protetiva contra um homem que se dizia apaixonado por ela, em dezembro de 2021. O suspeito teria até insinuado que sabia onde ela estaria, o que gerou a desconfiança de algo estar acoplado ao veículo.
"Essa pessoa insinuou que sabia onde estava. Se ela insinuou, conseguiria me localizar – ou porque tem alguma coisa no meu celular, um rastreador, ou porque tem alguma coisa no meu carro. Troquei até o número do meu telefone por causa dessa perseguição", revelou, na ocasião.
A Polícia Civil informou, nesta quarta-feira (18), que já existia uma investigação em andamento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Cariacica, referente a essa vítima, anterior ao fato ocorrido na Praça do Cauê. "Detalhes da investigação não serão divulgados neste momento", afirmou.
A mulher notou o objeto por volta das 13h no dia 26 de outubro do ano passado. Assustada, ela chamou a Polícia Militar e a Guarda Municipal de Vitória. O esquadrão antibombas chegou ao local às 16h. Moradores e trabalhadores foram retirados dos prédios vizinhos. Por volta das 17h30, o grupo especializado detonou o material.
Na ocasião, o policial Thiago de Almeida Silva, do esquadrão antibombas, deu detalhes de como foi o trabalho da corporação até a detonação do objeto. Naquele momento, existia a suspeita de ser uma bomba e até de que ela pudesse ser acionada de forma remota.
"Ao abrir o objeto, ele pegou fogo. O tipo de explosivo que a gente utiliza para fazer essa contra carga não faz com que isso aconteça. Suspeitamos ter alguma bateria, ou seja, algum acionamento por telefone ou algum rastreador. Não eliminamos a possibilidade de ser, realmente, um artefato explosivo", disse. Veja a entrevista completa:
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