Quase um ano de investigação e nenhuma resposta. A morte de Bruna dos Santos Pinheiro, de 37 anos, ainda é um mistério. Ela foi encontrada morta ao lado do carro, na Estrada do Dique, no bairro Jockey de Itaparica, em Vila Velha, no dia 19 de julho de 2022, e deixou três filhos, um deles ainda um bebê.
A jovem era ativa nas redes sociais e compartilhava a rotina com as crianças, além de dicas de estética, alimentação e outros assuntos para mulheres, principalmente mães, como ela. Recentemente, o perfil dela no Instagram foi deletado.
Nesta segunda-feira (19), a Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM). “Detalhes da investigação não serão divulgados, por enquanto”, afirmou a corporação.
Bruna foi encontrada morta na manhã de 19 de julho de 2022 por um ciclista que passava pela Estrada do Dique. Ao lado do corpo, foram encontradas cápsulas de dois calibres diferentes.
Nas imagens enviadas à reportagem é possível ver um carro, modelo Toyota/Corolla, com as portas do carona e traseira à direita abertas. Já o corpo da vítima aparece no chão com marcas de sangue no rosto. A perícia da Polícia Civil apontou que ela foi morta na noite do dia anterior.
A identificação da mulher veio a partir de uma carteira encontrada dentro do carro, em que estavam cartões bancários com o nome dela. Além disso, a polícia verificou que Bruna estava com roupas de academia e o mesmo tênis usado em publicações nas redes sociais dela.
Bruna Pinheiro foi presa por tráfico de drogas no município de Aimorés, em Minas Gerais, em maio de 2020, após ser parada em uma blitz quando voltava de Belo Horizonte para Vila Velha. Dias após ser detida, ela passou a cumprir a pena em prisão domiciliar.
Segundo documentos disponibilizados no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Bruna e um homem foram parados carregando drogas dentro de um carro.
Os documentos apontam que o homem confessou ter recebido R$ 2 mil para transportar a carga de entorpecentes da capital mineira para Vila Velha. Ainda de acordo com os documentos do TJMG, Bruna teria, a princípio, negado que soubesse que estava transportando as drogas.
Depois, porém, confessou saber da carga de entorpecentes e, inclusive, para quem estava sendo levada.
Bruna foi condenada a seis anos e três meses de prisão em regime semiaberto por tráfico de drogas. Conforme a Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus), ela deu entrada no Centro Prisional Feminino de Cariacica no dia 4 de maio de 2020 e, no dia 15, foi beneficiada por prisão domiciliar.
A Polícia Civil destaca que a população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181, que também conta com um site onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas, o disquedenuncia181.es.gov.br. O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas.
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