A disseminação de um boato no Norte do Espírito Santo causou transtornos e mudou o rumo da vida de uma pesquisadora. Uma mensagem compartilhada em redes sociais pedia para não deixarem a mulher se aproximar de crianças. A pessoa mencionada é Gisele da Silva Lima, que estava trabalhando no bairro Aviso, em Linhares. Depois que soube do fato, ela levou o caso à polícia, no último dia 25. Mas, devido à notícia falsa, precisou deixar a cidade antes de concluir o trabalho, por questões de segurança.
A pesquisadora atua na área há mais de 20 anos. Ela saiu de Vitória e seguiu para o Norte do Estado para fazer uma pesquisa sobre o uso da internet, que tem como público-alvo pessoas de 9 a 100 anos. Em um áudio, que também circulou na internet, uma mulher fala para os moradores terem cuidado porque Gisele estaria tentando, à força, entrar nas casas. A vítima do boato explica que nada do que está na mensagem condiz com a maneira como trabalha.
A chefe de Gisele, Claudia Maluf Chede, revelou que ficou espantada com a situação. E disse que foi a primeira vez que algo do tipo aconteceu com uma funcionária. "As pessoas estão intolerantes, não querem acreditar no trabalho do próximo. Ela leva crachá, identidade, carta de delegado, de morador, do síndico... Ela tem respaldo", afirma Claudia.
Nas ruas, moradores falam que tomam cuidado ao receberem informações com conteúdo duvidoso. Quem compartilha notícias falsas pode ser investigado pela Polícia Civil por crimes como calúnia e difamação, segundo o titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), Brenno Andrade. "As pessoas devem procurar a polícia. Os autores dessa 'fake news', se identificados, serão punidos e encaminhados ao Poder Judiciário", garante o delegado.
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