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Plano de fuga no ES pagaria R$ 1 milhão a monitor de presídio se desse certo

Plano de fuga no ES pagaria R$ 1 milhão a monitor de presídio se desse certo

Além dele, outras duas pessoas foram denunciadas, inclusive detento, que é membro do alto escalão do Primeiro Comando de Vitória (PCV); monitor receberia pelo menos R$ 300 mil, mesmo que o plano falhasse

Publicado em 24 de julho de 2024 às 16:00

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Penitenciária de Segurança Máxima II, em Viana
Carlos Alberto Silva | Arquivo. (Carlos Alberto Silva | Arquivo)

Um monitor de ressocialização da Penitenciária de Segurança Máxima II (PSMA – II), em Viana, e outras duas pessoas envolvidas em um plano de fuga que, se bem-sucedido, poderia chegar a custar R$ 1 milhão a um detento que já figurou na lista dos mais procurados do Estado, foram denunciados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

A ação ocorre no âmbito da Operação “Trash Bag”, do Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal (GETEP), cujos detalhes foram revelados em primeira mão pela colunista Vilmara Fernandes, de A Gazeta, no dia 15 de julho.

O detento que planejava fugir era líder do tráfico de drogas em um bairro de Cariacica, e membro do alto escalão do Primeiro Comando de Vitória (PCV). Segundo as investigações, ele pagaria ao monitor, a título de adiantamento, R$ 150 mil e, depois, caso não houvesse êxito na fuga, mais R$ 150 mil. Isto é, ainda que o plano falhasse, o monitor receberia R$ 300 mil pela ajuda. Caso desse certo, o pagamento chegaria a R$ 1 milhão.

A ajuda consistia em facilitar a entrada de um celular na Penitenciária, que foi entregue ao detento – também denunciado –, durante o recolhimento do lixo na cela. O aparelho era utilizado para facilitar a comunicação entre os envolvidos no plano. Nele, foram encontradas fotografias enviadas pelo monitor ao detento, que exibiam a parte externa da unidade, o que seria o caminho a ser percorrido durante a fuga.

Além deles, o MPES denunciou uma mulher que teria comprado o aparelho celular e feito as mediações e os repasses financeiros ao monitor de ressocialização, por meio de “laranjas”. O valor acabou não sendo pago em sua totalidade porque o plano foi frustrado após uma revista rotineira da Polícia Penal, realizada na Penitenciária de Segurança Máxima 2, encontrar um celular na cela do detento.  Um pagamento de cerca de R$ 15 mil, porém, foi comprovado.

O trio foi denunciado pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, e favorecimento real (por facilitar a entrada de aparelho de comunicação, sem autorização legal, em estabelecimento prisional).

Além disso, a Promotora de Justiça Luciana Almada de Magalhães Farias Chamoun e o Promotor de Justiça Flávio Campos Dias também solicitaram a manutenção da prisão preventiva do detento e do monitor denunciado, bem como medidas de restrição de liberdade mais rigorosas à outra denunciada na ação.

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