Apesar de os familiares apontarem um vizinho como suspeito de ser o autor do tiro que matou o pequeno Ricardo Coelho, de sete anos, na tarde desta quinta-feira (14), no bairro Nova Esperança, em Cariacica, a Polícia Militar descarta essa versão.
Em entrevista na manhã desta sexta-feira (15), o major Prado, da PM, explicou que os levantamentos apontam para um disparo acidental ocorrido na própria residência sem que tenha ocorrido uma invasão ao local, como contado pela família em depoimento.
Após realizar buscas e levantar as primeiras informações, os policiais envolvidos no caso não encontraram indícios que apontem que o marceneiro que mora próximo à casa onde a criança foi morta, tenha sido o assassino do garoto.
“A família nos trouxe em um primeiro momento um suspeito, e trabalhamos em cima dessa linha. Inclusive houve até uma revolta por parte da comunidade com esse suspeito. Agora a investigação ganhou um novo rumo”, explicou o militar.
“Tudo indica que não foi esse suspeito que cometeu e estamos trabalhando em uma nova linha, de um acidente, um crime que aconteceu dentro de casa. Vamos preservar as pessoas envolvidas, pois adiantar as coisas pode colocar a vida de outras pessoas em risco”, complementou o major.
Em relação à citação dos familiares de que o crime teria ocorrido por conta de uma discussão anterior, o policial confirmou que houve sim um desentendimento entre o pai de Ricardo com o vizinho, porém sem ligação alguma com o crime até então.
“Quero destacar aqui que esse rapaz, que foram divulgadas fotos, é inocente, em princípio. Ele teve sim um problema com a família, uma discussão, mas ele não é o autor nem o mandante de qualquer tipo de homicídio. Seria um tiro acidental e estamos investigando essa versão”, reforçou o major da Polícia Militar em entrevista a repórter Daniela Carla, da TV Gazeta.
O representante da PM salientou que os trabalhos estão direcionados a encontrar a arma utilizada na ação, sendo que a possibilidade de a criança ter sido alvejada por três disparos foi descartada.
O Major Prado explicou que o médico que socorreu o garoto no Hospital Meridional contou que a criança posicionou a mão em frente ao rosto antes de receber o disparo. A bala teria atravessado a mão, entrou pela região do olho e saiu pela nuca, desta forma ocasionando três perfurações.
Embora haja essa versão com mais força, o policial explicou que nenhuma possibilidade está descartada e que as investigações prosseguirão para apontar a dinâmica do crime e os responsáveis.
No fim da manhã, o corpo de Ricardo Coelho foi liberado do DML para que a família realize o sepultamento do garoto.
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