O policial militar que se envolveu em uma briga no bairro Santa Marta na última sexta-feira (29), em Vitória, será temporariamente afastado das atividades operacionais até que a sindicância instaurada pela Corregedoria da Polícia Militar seja concluída. De acordo com a PM, o afastamento do soldado Aurélio é preventivo.
Após a divulgação da imagem do policial brigando em Vitória, outros casos envolvendo o nome dele apareceram. De acordo com informações da TV Gazeta, o soldado Aurélio também já foi denunciado à Corregedoria da Polícia Militar em função de uma outra confusão, desta vez com um idoso de 72 anos e a esposa. Nos dois casos, os motivos foram desentendimentos no trânsito.
O casal de idosos, que diz ter sido agredido pelo policial, afirma que eles estavam saindo de um posto de combustível, quando o soldado Aurélio avançou o sinal vermelho e alegou que havia sido fechado pelo carro do idoso.
A esposa do idoso, Leonidia Madalena Alves de Melo, de 63 anos, conta que o policial se aproximou batendo no vidro do carro onde os dois estavam e já com uma postura agressiva. O soldado exigiu que o idoso parasse em um determinado local, mas ele se recusou. Naquele momento, não era possível identificar que Aurélio era policial.
"Nós não imaginávamos que fosse um policial porque ele estava de calção preto e camisa branca, com um colete por cima da camisa que não dava pra ver", explica a idosa.
Segundo ela, em um certo momento, o policial também ameaçou puxar a arma. Ele ainda disse que prenderia o idoso. O senhor de 72 anos foi preso por desacato.
"Eu falei 'eu tenho diabetes, eu sou deficiente visual, não posso passar raivas que minha diabetes sobe'. Eu estava com o braço quebrado também. E ele falou 'problema seu, seu marido está preso, a senhora não está entendendo'. Parecia que nós éramos um casal de bandidos, não um casal de idosos", lamenta.
O soldado também esteve envolvido na prisão do repórter Vinícius Arruda, do jornal Metro, em julho de 2017. Vinícius foi detido após filmar uma abordagem que Aurélio e outros militares faziam a suspeitos de terem assediado uma mulher dentro do ônibus, em Jardim da Penha, Vitória.
O soldado aparece no vídeo ordenando que o repórter entregue seu RG e seu crachá. Estou te dando uma ordem legal. Me apresenta o seu documento de identidade e o seu crachá. Se o senhor não obedecer a ordem dada, nós vamos algemar o senhor por desobediência. Isso é uma ordem policial.
Na época, o Sindijornalistas e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiaram a prisão do jornalista e chamaram de autoritária e descabida a ação dos policiais.
Com informações da TV Gazeta e do G1/ES
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