O soldado Aurélio, que se envolveu em uma briga de trânsito no bairro Santa Marta na última sexta-feira (29), em Vitória, apresentou à Polícia Militar um atestado médico de 15 dias, na manhã desta quinta-feira (5), para tratamento psicológico. Nesta quarta-feira (4), a Corregedoria da PM já havia informado que afastaria o policial para investigar o caso.
A apresentação do atestado foi informada à imprensa durante coletiva realizada pela Corregedoria da Polícia Militar, na manhã desta quinta, no Quartel do Comando Geral (QCG) da PM, em Maruípe, Vitória. Segundo a Corregedoria, o documento vai ser analisado pela Junta Militar de Saúde para checar e entender os motivos do pedido afastamento. Depois dessa análise, que deve durar de 15 a 20 dias, a Corregedoria vai informar se o policial estará apto para responder ou não ao procedimento administrativo.
Segundo o coronel Haroldo Magalhães, corregedor da PM, o fato será investigado pela Polícia Civil. Já o comportamento do soldado Aurélio, será apurado em sindicância pela Corregeria da Polícia Militar.
Ainda sobre a confusão na última sexta-feira, o coronel afirmou que a pessoa que efetuou os disparos ainda não foi identificada. A arma do policial foi recolhida e ficará a disposição da corregedoria durante às investigações.
"A gente ainda não tem identificação da pessoa que estava com ele, que fez aqueles disparos. Isso é um trabalho a ser executado. A arma foi recolhida e vai aguardar os próximos passos agora", disse.
A Polícia Civil foi questionada sobre as investigações do fato e identificação da pessoa que aparece no vídeo. Por nota, informou que "o caso foi encaminhado para apuração na Corregedoria da Polícia Militar, e caso a instituição constate que existe crime comum relacionado ao fato, a Polícia Civil será comunicada e dará continuidade à investigação. Até o momento, o procedimento não foi reencaminhado à Polícia Civil".
Durante a coletiva, o corregedor informou que o soldado já teve três procedimentos abertos pela Corregedoria desde que entrou na PM, em 2015. Além do episódio da última sexta-feira no bairro Santa Marta, em Vitória, o policial respondeu por outros dois casos.
Um deles, confirmado pelo corregedor, é sobre a prisão do repórter Vinicius Arruda, do Metro Jornal, em julho de 2017. Vinícius foi detido após filmar uma abordagem que Aurélio e outros militares faziam a suspeitos de terem assediado uma mulher dentro do ônibus, em Jardim da Penha, Vitória.
Questionado sobre o outro procedimento, o corregedor não soube informar do que se tratava. Para estes dois casos citados na coletiva, o coronel Haroldo Magalhães afirmou não ter informações sobre o resultado dos procedimentos abertos. A reportagem solicitou a resposta e esta matéria será atualizada assim que houver um retorno.
Após a divulgação da imagem do policial brigando em Vitória, outro caso envolvendo o nome dele apareceu. De acordo com informações da TV Gazeta, o soldado Aurélio também já foi denunciado à Corregedoria da Polícia Militar em função de uma outra confusão, desta vez com um idoso de 72 anos e a esposa. O corregedor não informou se este caso se trata do outro procedimento aberto. A reportagem também aguarda o retorno desta informação.
A reportagem procurou o soldado por meio da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros do Espírito Santo (ACS). A entidade informou que o sócio não autorizou passar nenhuma informação sobre ele ou sobre o caso.
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