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PM filmado em briga de trânsito no ES dá atestado para tratamento psicológico

PM filmado em briga de trânsito no ES dá atestado para tratamento psicológico

O soldado Aurélio se envolveu em uma briga de trânsito no bairro Santa Marta na última sexta-feira (29), em Vitória

Publicado em 5 de dezembro de 2019 às 11:18

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Soldado Aurélio, da PMES. (Reprodução/TV Gazeta)

O soldado Aurélio, que se envolveu em uma briga de trânsito no bairro Santa Marta na última sexta-feira (29), em Vitória, apresentou à Polícia Militar um atestado médico de 15 dias, na manhã desta quinta-feira (5), para tratamento psicológico. Nesta quarta-feira (4), a Corregedoria da PM já havia informado que afastaria o policial para investigar o caso.

A apresentação do atestado foi informada à imprensa durante coletiva realizada pela Corregedoria da Polícia Militar, na manhã desta quinta, no Quartel do Comando Geral (QCG) da PM, em Maruípe, Vitória. Segundo a Corregedoria, o documento vai ser analisado pela Junta Militar de Saúde para checar e entender os motivos do pedido afastamento. Depois dessa análise, que deve durar de 15 a 20 dias, a Corregedoria vai informar se o policial estará apto para responder ou não ao procedimento administrativo.

Segundo o coronel Haroldo Magalhães, corregedor da PM, o fato será investigado pela Polícia Civil. Já o comportamento do soldado Aurélio, será apurado em sindicância pela Corregeria da Polícia Militar.

Aspas de citação

Nós recebemos toda a documentação e fizemos um termo de constatação do fato ocorrido. Vamos abrir agora um processo que visa coletar todas as provas, juntar os vídeos, as testemunhas, ouvir todas as pessoas envolvidas no fato. Se necessário, mandar o armamento para exame de balística. A prova material é necessária em todos os processos judiciais. E, em seguida, vamos abrir uma sindicância porque, em tese, se trata de um crime comum. A parte criminal deverá ser apurada pela Polícia Civil. A parte administrativa, que fica a questão de transgressão de disciplina, precisamos instaurar uma sindicância. Com resultado dessa sindicância, que dura em torno de 20 dias, podemos instaurar um procedimento disciplinar 

Coronel Haroldo Magalhães
Corregedor da Polícia Militar
Aspas de citação

Ainda sobre a confusão na última sexta-feira, o coronel afirmou que a pessoa que efetuou os disparos ainda não foi identificada. A arma do policial foi recolhida e ficará a disposição da corregedoria durante às investigações. 

"A gente ainda não tem identificação da pessoa que estava com ele, que fez aqueles disparos. Isso é um trabalho a ser executado. A arma foi recolhida e vai aguardar os próximos passos agora", disse.

A Polícia Civil foi questionada sobre as investigações do fato e identificação da pessoa que aparece no vídeo. Por nota, informou que "o caso foi encaminhado para apuração na Corregedoria da Polícia Militar, e caso a instituição constate que existe crime comum relacionado ao fato, a Polícia Civil será comunicada e dará continuidade à investigação. Até o momento, o procedimento não foi reencaminhado à Polícia Civil".

TRÊS PROCEDIMENTOS DESDE 2015

Durante a coletiva, o corregedor informou que o soldado já teve três procedimentos abertos pela Corregedoria desde que entrou na PM, em 2015. Além do episódio da última sexta-feira no bairro Santa Marta, em Vitória, o policial respondeu por outros dois casos. 

Um deles, confirmado pelo corregedor, é sobre a prisão do repórter Vinicius Arruda, do Metro Jornal, em julho de 2017. Vinícius foi detido após filmar uma abordagem que Aurélio e outros militares faziam a suspeitos de terem assediado uma mulher dentro do ônibus, em Jardim da Penha, Vitória. 

Questionado sobre o outro procedimento, o corregedor não soube informar do que se tratava. Para estes dois casos citados na coletiva, o coronel Haroldo Magalhães afirmou não ter informações sobre o resultado dos procedimentos abertos. A reportagem solicitou a resposta e esta matéria será atualizada assim que houver um retorno.

Após a divulgação da imagem do policial brigando em Vitória, outro caso envolvendo o nome dele apareceu. De acordo com informações da TV Gazeta, o soldado Aurélio também já foi denunciado à Corregedoria da Polícia Militar em função de uma outra confusão, desta vez com um idoso de 72 anos e a esposa. O corregedor não informou se este caso se trata do outro procedimento aberto. A reportagem também aguarda o retorno desta informação. 

O OUTRO LADO

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A reportagem procurou o soldado por meio da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros do Espírito Santo (ACS). A entidade informou que o sócio não autorizou passar nenhuma informação sobre ele ou sobre o caso. 

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