> >
PM que bateu em frentista no ES ficará de licença médica até agosto

PM que bateu em frentista no ES ficará de licença médica até agosto

Sargento Clemilson Silva de Freitas passou por avaliação médica nesta quarta-feira (24) e continuará em casa nos próximos dois meses; ele já estava de licença desde janeiro

Publicado em 25 de junho de 2020 às 15:58

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Policial deu tapa na cara do frentista e apontou a arma para ele — Foto: Reprodução/ TV Gazeta
Policial deu tapa na cara do frentista e apontou a arma para ele — Foto: Reprodução/ TV Gazeta. (Reprodução)
PM que bateu em frentista no ES ficará de licença médica até agosto

Depois de passar por uma nova avaliação da Polícia Militar, o sargento Clemilson Silva de Freitas recebeu a segunda licença médica do ano e ficará sem trabalhar até, pelo menos, o próximo dia 25 de agosto. A consulta aconteceu nesta quarta-feira (24), primeiro dia em que ele retornaria ao trabalho.

No final de janeiro deste ano, ele recebeu uma licença para se manter afastado do trabalho por 148 dias, a fim de tratar um problema de saúde não divulgado – isso, cinco dias após dar um tapa no rosto e apontar uma arma para o frentista Joelcio Rodrigues dos Santos, em um posto de combustível em Vila Velha.

Aspas de citação

O policial estava de licença médica que venceu no dia 23 de junho. Ele passou por avaliação da Junta Médica que concedeu uma nova licença que vai até o dia 25 de agosto. Dessa forma, ele continua afastado das funções. As informações sobre motivação e tratamento são sigilosas entre médico e paciente

Polícia Militar
Em nota enviada pela assessoria
Aspas de citação

Vale lembrar que durante o período, o policial receberá o salário – pago com dinheiro público – normalmente, assim como aconteceu nos últimos quatro meses, quando o valor pago soma mais de R$ 24 mil, de acordo com o Portal da Transparência do Estado. É preciso esclarecer também que esse é um direito previsto em lei.

Caso voltasse a atuar na Polícia Militar, o sargento Clemilson exerceria atividades administrativas. Situação que deve permanecer até que seja concluído o procedimento administrativo disciplinar, que está em andamento na Corregedoria da PM, que pode definir uma possível punição para o policial por causa das agressões.

CINCO MESES DE INVESTIGAÇÃO

Apesar da câmera de segurança do posto de combustível ter flagrado a atitude de Clemilson Silva de Freitas, ele segue sem qualquer tipo de punição há mais de cinco meses. Até esta quinta-feira (25), o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) apenas havia acatado a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPES).

A primeira audiência do caso está marcada para o dia 24 de novembro deste ano – dez meses depois do episódio. O terceiro sargento da PM responderá por três crimes: lesão leve, injúria real e ameaça. Todos passíveis de detenção. Clemilson também foi alvo de um inquérito policial, que deu início a todo o processo.

ATENDIMENTO ‘RUIM’ TERIA MOTIVADO AS AGRESSÕES

Na manhã do dia 23 de janeiro deste ano, o frentista Joelcio Rodrigues dos Santos chegou para trabalhar no posto de combustível localizado da Praia de Itaparica e foi surpreendido pela presença do policial – que teria voltado ao estabelecimento para tirar satisfações por causa de um atendimento prestado na noite anterior.

Segundo a vítima, o sargento começou a xingar e a fazer ameaças depois do frentista pedir para que ele e a mulher descessem da moto para abastecer. Ato que é de praxe do local e que consta como medida de segurança nas bombas de combustível. “No outro dia, assim que bati o ponto, ele veio atrás e começou a me bater”, lembrou Joelcio.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais