Na versão anterior desta matéria, a assessoria da Polícia Militar havia informado que Gildo José Zambi Júnior era um ex-policial militar. Na tarde deste sábado (8), questionada pela reportagem de A Gazeta sobre o motivo do nome do PM ainda constar nos quadros da corporação, a Polícia Militar enviou uma correção, dizendo que o soldado, na verdade, ainda era ativo na PM, mas aguardava a finalização de um processo de sanção de demissão. O texto e o título foram atualizados.
Uma confusão em um bar terminou com duas pessoas mortas na madrugada deste sábado (8), no bairro Alecrim, em Vila Velha. Após se envolver em uma briga, o soldado da Polícia Militar Gildo José Zambi Júnior, de 28 anos, que fazia a segurança do local, foi surpreendido no momento de fechamento do estabelecimento e morto com vários tiros.
Conforme apurou o repórter Diony Silva, da TV Gazeta, o suspeito foi baleado pouco tempo depois, a poucos metros do local em que cometeu o crime. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Mais tarde, homens armados passaram pelo local atirando e jogando pedra contra o bar e na direção de quem estava na rua.
Quem atirou foi um policial militar que passava pelo local e viu a cena, segundo testemunhas. A informação foi confirmada pela Polícia Militar, por meio de nota.
“Na madrugada deste sábado (8), a Polícia Militar foi acionada e prosseguiu até o bairro Alecrim, em Vila Velha, para verificar a ocorrência de duplo homicídio, que teria ocorrido na frente de um bar." No local, uma equipe constatou que Gildo havia sido baleado e já estava morto, e que uma segunda vítima de disparos de arma de fogo teria sido socorrida para o Hospital Evangélico, onde também acabou morrendo.
A corporação esclareceu que, ainda durante o atendimento no local, outro PM relatou à equipe que presenciou o momento em que o Gildo foi alvejado. "Imediatamente, ele teria se identificado como policial e dado voz de prisão ao suspeito, que apontou a arma em sua direção. Diante do iminente risco, o militar atirou, alvejando o suspeito, que foi socorrido.”
Inicialmente, a Polícia Militar havia dito que Gildo era um ex-policial militar. No entanto, na tarde deste sábado, questionada pela reportagem de A Gazeta sobre o motivo do nome do policial ainda constar no site da Transparência do governo do ES, a assessoria enviou uma nota corrigindo a informação. "O policial militar respondeu um Processo Administrativo Disciplinar de Rito Ordinário, posteriormente convolado no Conselho de Disciplina, sendo considerado culpado dos fatos a ele imputados. Tal conclusão foi publicada em boletim no último dia 02 de fevereiro, ocasião em que lhe foi aplicada a sanção de demissão pelo Conselho. Entretanto, o processo ainda está em fase de recursos administrativos. Somente após esgotados os prazos, o parecer será remetido à maior autoridade militar da Corporação a qual, homologando, determinará o cumprimento da solução exarada pelo Corregedor."
A polícia não informou se o militar que atirou contra o suspeito será investigado, mas destacou que a perícia foi acionada e que “o armamento do PM, assim como um revólver calibre 38 utilizado pelo suspeito alvejado foram recolhidos e entregues à Polícia Civil.”
A Polícia Civil, por sua vez, informou que “as armas apreendidas serão encaminhadas para o setor do Departamento de Criminalística – Balística. O corpo da vítima e do suspeito foram encaminhados para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para serem necropsiados e, posteriormente, liberados para os familiares. O procedimento será encaminhado para a Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.”
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