A reconstituição do homicídio que vitimou o músico Guilherme Rocha, de 37 anos, dentro de um condomínio no bairro Jardim Camburi, Vitória, ocorreu sem a presença do policial militar Lucas Torrezani, de 28 anos, principal suspeito do crime. A ação faz parte da investigação da Polícia Civil, que esteve no local nesta quarta-feira (10).
O advogado que representa o jovem, Taylon Gigante, confirmou que o cliente chegou a ser convidado para participar. No entanto, por medo de represálias e ataques, ficou decidido que ele ficaria de fora do procedimento.
Segundo o repórter Eduardo Dias, da TV Gazeta, equipes chegaram no local por volta das 20h. Algumas ruas da região foram fechadas para não comprometer a reconstituição, entre elas a Dionísio Abaurre; Ademar Luiz Nepomoceno; e Milton de Oliveira Fernandes. Áreas comuns do condomínio também precisaram ser isoladas, para impedir o tráfego de moradores.
Ao todo, cerca de 50 profissionais estiveram na cena do crime, como peritos criminais e policiais civis. Havia ainda a expectativa de que três testemunhas participariam da simulação. Por volta das 20h50, a Polícia Civil informou que não tinha uma previsão de quando terminaria a reconstituição.
A conclusão da investigação está prevista para acontecer ao longo do mês de maio.
Um soldado da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), identificado como Lucas Torrezani de Oliveira, de 28 anos, matou a tiro um vizinho durante uma briga, na madrugada do dia 17 de abril em um condomínio em Jardim Camburi, em Vitória.
O caso ocorreu por volta das 3 horas da madrugada, segundo o boletim da Polícia Militar, em um condomínio na avenida Augusto Emilio Estelita Lins. Ainda segundo o boletim, quando os PMs chegaram ao local, o militar estava com a arma nas mãos e a vítima, identificada como Guilherme Rocha, de 37 anos, caída no chão.
Em sua versão, o PM contou aos policiais que estava bebendo com amigos perto da entrada do Bloco 1, onde a vítima morava, quando Guilherme teria o atacado e tentado desarmá-lo. Segundo informações de moradores à polícia, antes da discussão havia som alto no local.
Mônica Bicalho, síndica do condomínio onde morava o músico e o soldado da PM, contou que, ao contrário do que disse o militar aos policiais que atenderam a ocorrência, a vítima não reagiu e nem tentou desarmar o militar. Amigo de Guilherme, Yan Paiva disse que ele nunca se envolveu em confusão e era querido por muitas pessoas. "Pessoa fantástica, tinha amizade com todo mundo, filho de médico, teve uma ótima educação, amigo de todo mundo. Nunca vi na minha vida, nem empurrão, nem nada, só resenha, gente fina, cara de bem com a vida."
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