Um policial militar reformado de 49 anos foi preso, na manhã desta terça-feira (14), suspeito de manter uma fábrica de dinheiro falso na própria casa dele em Barra de São Francisco, no Noroeste do Estado. Na residência, foram encontradas cédulas já impressas, um computador e a impressora utilizada para a fabricação das notas falsas. A Polícia Civil também apreendeu, no local, três armas de fogo sem registro e munições, além de RGs falsificados — incluindo documentos militares. O nome dele não foi informado pela corporação.
Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que o suspeito fabricava as cédulas de dinheiro e as vendiam para moradores da região por um valor menor e, geralmente, elas eram utilizadas para comprar produtos em bares e festas.
“Nós vínhamos investigando esse caso há algum tempo. Ao longo de dois anos, várias pessoas, principalmente comerciantes, registraram boletins de ocorrência na delegacia informando que eles haviam recebido moedas falsas. Na semana passada, conseguimos identificar o suspeito”, afirmou o delegado Leonardo Foratini Dutra, da Delegacia de Barra de São Francisco, em entrevista à repórter Gabriela Fardin, da TV Gazeta Noroeste.
Segundo o capitão Vitor Prates, da Polícia Militar, o suspeito atuou por onze anos nos quadros da corporação até a Reforma. Atualmente, ele é soldado reformado (aposentado/afastado do serviço militar).
De acordo com o delegado, ele vai ser autuado em flagrante pelo crime de posse ilegal de arma de fogo e falsificação de documento público, mas a PC ainda aguarda os laudos da perícia para identificar se o suspeito vai responder pelo crime de moeda falsa.
“A perícia já nos encaminhou laudos, de forma inicial, que mostram que a falsificação é grosseira. Por isso, no momento, ele não será autuado pelo crime de moeda falsa. Essas moedas também vão ser encaminhadas novamente para a perícia e, assim que o laudo retornar, vamos saber qual é o procedimento e se será preciso encaminhar para a Polícia Federal”, afirma o delegado.
As investigações da Polícia Civil continuam para identificar se há mais envolvidos no crime. Os documentos falsificados também serão analisados. A PM informou que vai investigar se a posição militar foi usada pelo homem para cometer os crimes
“O fato vai ser comunicado à Corregedoria, que vai verificar se houve alguma vantagem pela condição de soldado reformado. Caso seja constatada a relação de causa e efeito e também dependendo das condições psicológicas e psiquiátricas desse soldado, pode acontecer de ele perder a condição de soldado reformado. Ele teria a carteira de policial reformado recolhida, e isso faria também com que ele não tivesse mais o porte de arma e se valesse das prerrogativas de um policial militar do Espírito Santo", explicou a Polícia Militar, em nota.
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