Os vestígios do artefato que foi detonado na tarde desta quarta-feira (26) na Praça do Cauê, em Santa Helena, Vitória, ainda são investigados pela perícia da Polícia Civil, que vai determinar se era um explosivo ou não. O objeto foi encontrado acoplado embaixo do veículo de uma assistente social de 55 anos.
A Polícia Militar informou, nesta quinta-feira (27), que os vestígios foram recolhidos e entregues na 1ª Delegacia Regional de Vitória, que faria o encaminhamento para Polícia Científica. A Polícia Civil, no entanto, não detalhou qual o prazo para sair o resultado da análise do material.
Uma área na Praça do Cauê foi isolada nesta quarta-feira por suspeita de que um explosivo tinha sido acoplado embaixo de um carro. O esquadrão antibombas da PM foi acionado e fez o procedimento de detonação por volta das 17h30, mas não foi possível confirmar se o artefato era explosivo ou se o barulho ouvido por testemunhas, além do objeto em chamas, fazem parte do detonador usado pelos militares em casos com essas características.
Segundo a repórter Priciele Venturini, da TV Gazeta, a proprietária do veículo, que preferiu não se identificar, afirmou ser perseguida por um indivíduo há meses. Ela contou que percebeu o objeto estranho no início da tarde, por volta de 13h.
"Eu observei era umas 13h, mais ou menos, porque eu olhei no relógio. Como eu estava sendo perseguida, sentindo que alguém estava me vigiando, e também já fui abordada por um casal tentando me chantagear, dizendo que tem supostas provas contra mim, resolvi averiguar o meu carro. Deitei embaixo do carro e verifiquei ter esse objeto, então resolvi chamar a polícia", detalhou.
A assistente social acrescentou ainda que já havia entrado com uma medida protetiva contra um homem que se diz apaixonado por ela, em dezembro do ano passado. O suspeito, inclusive, segundo a mulher, também teria insinuado que sabia onde ela estaria, o que gerou a desconfiança de algo estar acoplado ao veículo.
"Essa pessoa insinuou que sabe onde estou. Se ela insinuou onde estou, consegue me localizar – ou (porque) tem alguma coisa no meu celular, um rastreador, ou (porque) tem alguma coisa no meu carro. Troquei até o número do meu telefone, por causa dessa perseguição", afirmou.
Também em entrevista à TV Gazeta, o policial do esquadrão antibombas Thiago de Almeida Silva deu detalhes de como foi o trabalho da corporação até a detonação do objeto "misterioso". Segundo o militar, a possibilidade de o objeto ser uma bomba não foi descartada. Há a suspeita, inclusive, de que pudesse ser ativado de forma remota.
"Ao abrir o objeto, ele veio a se consumir. Pegou fogo. Não é previsto pegar fogo, pois o tipo de explosivo que a gente utiliza para fazer essa contra carga não faz com que aconteça de vir pegar fogo. Suspeitamos de ter alguma bateria, ou seja, de algum acionamento por telefone ou de algum rastreador. Não eliminamos a possibilidade de ser realmente um artefato explosivo", reforçou.
A Polícia Civil informou que "já existe investigação de ameaça em andamento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Cariacica referente a esta vítima e detalhes da investigação não serão divulgados, no momento".
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