A força-tarefa formada por sete delegados e coordenada pela Superintendência de Polícia Especializada (SPE) ainda está atrás dos responsáveis pelos ataques a ônibus na Grande Vitória. As investigações começaram na semana passada.
De acordo com o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Alexandre Ramalho, quatro detentos já foram ouvidos na Penitenciária de Segurança Máxima II, em Viana.
"Nós vamos ouvir outros, de outros presídios. Mas existe uma liderança em determinando presídio que tem uma ascendência muito forte no mundo externo, nas comunidades com alto índice de entorpecentes e homicídios. Então é relevante ouvir esses presos também, para verificar se tem ou não participação nessa questão", afirmou Ramalho.
Em dez dias, quatro ônibus foram incendiados na Grande Vitória. O último ataque foi na quinta-feira (30), quando um coletivo foi incendiado em Portal de Jacaraípe, na Serra. Horas antes, bandidos colocaram fogo em outro coletivo, no bairro Itacibá, em Cariacica.
Os primeiros ataques ocorreram no dia 20 de julho, quando dois ônibus foram queimados por criminosos: um em Roda d'água, em Cariacica, e o outro no bairro Primavera, em Viana. Em todos os casos, bandidos armados deixaram bilhetes com queixas das condições dos presídios e da suspensão das visitas.
Em um dos ataques, uma pessoa foi presa. "Foi presa em flagrante delito, uma pistola 9 milímetros, uma ficha pregressa no mundo do crime. Na sua audição pela Polícia Civil ele não relata fato concreto, mas vamos buscar as informações, principalmente o que nos chega pela Polícia Civil, pelo Disque-Denúncia, pela própria sociedade capixaba"
A Secretaria de Segurança Pública não sabe se os ataques foram ordenados por um ou vários grupos, mas alguns pontos chamam a atenção: todos os ônibus foram incendiados em ruas com pouca movimentação de pessoas. Enquanto as investigações não avançam, a polícia tem reforçado o patrulhamento para evitar novos ataques.
A Polícia Civil e Militar, com apoio das guardas municipais estão fazendo abordagens aos coletivos. Só nesse final de semana foram abordados 150 ônibus na Grande Vitória.
Segundo o sindicato das empresas de ônibus, cada ônibus queimado custa R$ 400 mil. Somente neste ano o prejuízo chega a R$ 3,6 milhões com os ataques.
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