Após a apreensão de dois adolescentes, de 13 e 15 anos, suspeitos de ameaçarem realizar massacre na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Professor Manoel Abreu, no bairro Bebedouro, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, a Polícia Civil agora procura o irmão de um deles, que seria o dono da arma usada nas ameaças. O homem, que não teve a idade informada pela corporação, é considerado foragido. O caso veio à tona na manhã desta terça-feira (29) após a Polícia Militar ser acionada devido a mensagens trocadas em redes sociais pelos menores que combinavam o ataque.
Além das mensagens, um dos jovens postou em uma rede social uma foto da arma que seria utilizada no massacre, contendo a frase a seguir na legenda: “Massacre segunda-feira”. Após receberem a denúncia, os policiais deram início às investigações e chegaram identificaram os dois suspeitos.
Os adolescentes foram encaminhados para a 16ª Delegacia Regional de Linhares. Em depoimento na tarde desta terça-feira, eles afirmaram que se tratava de uma brincadeira, e que não tinham intenção de machucar colegas e professores. Apesar da alegação dos adolescentes de que seria uma brincadeira, a arma que aparece na foto é real. "Descobrimos que a arma usada nas ameaças realmente existe e pertence ao irmão do jovem de 13 anos de idade. Trata-se de um elemento maior de idade, que já tem passagens por tráfico de entorpecentes e roubo, e que está sendo procurado pela Polícia Civil", disse o delegado Fabrício Lucindo.
Em entrevista à repórter Ariele Rui, da TV Gazeta Norte, o delegado disse que pediu a prisão preventiva do dono da arma. Já os adolescentes vão responder por crime análogo ao de ameaça.
“Após serem ouvidos na presença dos pais e do Conselho Tutelar, os dois foram reintegrados à família. Eles responderão por ato infracional análogo ao crime de ameaça e o procedimento será encaminhado para a Vara de Infância e Juventude de Linhares”, acrescentou o delegado Fabrício Lucindo.
Os dois adolescentes são estudantes da escola. Eles estão envolvidos em uma troca de mensagens com publicações de uma foto com uma arma e ameaças de morte a outros alunos da escola.
Em uma das conversas, um diz para o outro: "Se quiser ajuda no massacre, me chama porque eu estou doido para matar um". Depois perguntaram quando e em qual sala começaram a ação.
Em outra troca de mensagens, um dos estudantes encaminha o texto escrito por um dos adolescentes: “Mas como vai ter mais gente, com certeza vai espalhar. Eu vou ter que ir de sala em sala, e matar cada um”.
A reportagem da TV Gazeta Norte foi até a EEEFM Professor Manoel Abreu, na manhã desta terça-feira, e apurou que os alunos foram liberados mais cedo para voltarem para casa. Pais foram buscar os filhos, preocupados com a situação. A direção da escola informou que, durante a tarde, as aulas seguiram normalmente.
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