As vítimas da tragédia das chuvas no Sul do Espírito Santo começaram a ser enterradas nesta segunda-feira (25), após serem reconhecidas por familiares e identificadas pela Polícia Científica. Ao menos 20 pessoas morreram e quatro estavam desaparecidas, conforme o último boletim divulgado às 11h desta terça-feira (26), com dados atualizados. O documento traz uma morte a mais em Mimoso do Sul, que já conta com 18 óbitos – outros dois ocorreram em Apiacá. Veja abaixo os nomes das vítimas identificadas:
Gilda Hastemreitez Leite, de 49 anos, era enfermeira aposentada e morava na casa inclusiva para pessoas com deficiência, onde também morreram outras quatro pessoas em Mimoso do Sul. Gilda era de Vila Velha e estava no local há poucos dias para receber tratamento mais adequado por estar acamada há dois anos. Durante o temporal, ela chegou a enviar um áudio a familiares, tentando tranquilizá-los.
Adair Antônia Fernandes, de 43 anos, estava em casa com os filhos de 6 e 3 anos, além do marido, quando a residência onde residiam desabou no bairro da Reserva, distrito de Mimoso do Sul, na noite de sexta-feira (22). Uma prima da família relatou que Adair já foi enterrada no cemitério da cidade, enquanto o marido dela segue internado em Cachoeiro de Itapemirim, após sofrer ferimentos graves. Já o filho mais novo do casal teve ferimentos leves e está em um hospital de Mimoso.
José Ricardo de Oliveira Queiroz, de 67 anos, morreu após sofrer um infarto durante o temporal em Apiacá, na última sexta-feira (22). O morador tentava salvar uma tia acamada da enxurrada, quando passou mal e não pôde ser socorrido em razão dos alagamentos. Em entrevista ao repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, familiares disseram que ele passou mal ao ver a água tomando conta da rua e entrando na casa da familiar.
A aposentada Clara Treggi Moutinho, de 92 anos, morreu afogada dentro do quarto durante as fortes chuvas em Apiacá. A moradora é uma das vítimas dos fortes temporais que atingiram a cidade na última sexta-feira (22) e sofria com Alzheimer. O repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, apurou que Clara sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e por isso estava acamada. Ainda conforme os relatos de testemunhas, a água subiu muito rápido e a família não conseguiu retirá-la de casa a tempo.
Lorena Moraes Miguel, de 16 anos, é outra vítima das chuvas. O corpo da adolescente já foi reconhecido pela família. Além de Lorena, o irmão dela também morreu devido à inundação que ocorreu entre sexta-feira (22) e sábado (23) no município.
Rodrigo Moraes Miguel, de 22 anos, é irmão de Lorena Moraes Miguel, de 16 anos, outra vítima das fortes chuvas. O corpo do jovem também já foi reconhecido pela família.
Heloisa Cornélio Pastor, de sete anos, era filha única, moradora do distrito Conceição do Muqui, na zona rural do município, e morreu em um soterramento. De acordo com informações do repórter Matheus Passos, da TV Gazeta Sul, os pais da menina estiveram no Serviço Medico Legal (SML) de Cachoeiro do Itapemirim na tarde desta segunda-feira (8).
Apiacá:
Mimoso do Sul:
Das 20 vítimas, 15 tiveram corpos liberados e cinco ainda aguardam liberação. Confira:
Aguardando liberação judicial para sepultamento (foram reconhecidos, mas não tinham familiares):
Aguardando liberação (foram reconhecidos):
A Polícia Científica informou que os corpos das vítimas das enchentes no Sul do Espírito Santo estão sendo levados para o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim. Duas equipes do Departamento Médico Legal (DML) Vitória foram deslocadas para dar apoio. Um DML improvisado chegou a ser montado na capela mortuária de Mimoso do Sul para o recebimento inicial das vítimas, mas foi desmobilizado na tarde de segunda-feira.
A Polícia Científica do Espírito Santo orienta que possíveis familiares compareçam ao local para iniciar o processo de checagem da identidade e liberação. Endereço: Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim, localizado na rua Deodoro da Fonseca, nª 02, bairro Independência, Cachoeiro de Itapemirim/ES. CEP 29306-329.
A família de Clara Treggi Moutinho, uma das vítimas da chuva em Apiacá, no Sul do Espírito Santo, corrigiu que a idosa tinha 92 anos, e não 87, como informava erroneamente a versão anterior deste texto. A informação foi corrigida.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta