A Polícia Civil vai anunciar, em coletiva de imprensa na manhã desta quarta (03), os desdobramentos das investigações sobre casos de supostas tentativas de sequestro de crianças na região da Grande São Pedro, em Vitória. Uma coletiva foi marcada para a manhã desta quarta-feira (03) com mais informações sobre os casos na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DCPA).
Os relatos de tentativas de sequestro fizeram com que moradores realizassem protestos em São Pedro na última semana. O primeiro deles foi após uma mãe dizer que um homem, dentro de um carro preto, abordou o filho na porta de um projeto de futebol. Em outro caso, a mãe disse que o filho estava no portão de casa, observando a rua, quando um homem estava abrindo o cadeado do portão de casa já pegando na mão da criança.
Denúncias de tentativas de sequestro de crianças na região da Grande São Pedro, em Vitória, estão sendo investigadas pela Polícia Civil. Na última sexta-feira (28), mais uma vez, moradores fecharam a Rodovia Serafim Derenzi, na altura do bairro Resistência, para reivindicar segurança. Foi a segunda manifestação esta semana.
Os moradores relatam, entre repasse de informações e burburinhos, que um homem em um carro de cor escura e vidros com película também escura estaria abordando crianças para tentar levá-las.
A Polícia Civil recebeu três registros de casos e já deu início às apurações. Até agora, três ocorrências foram registradas de tentativas de abordagem à crianças em via pública. Estamos apurando cada uma delas. A equipe da nossa delegacia já está fazendo levantamentos de images e de testemunhas para buscar identificar possíveis locais e rotas que estes veículos estariam passando.
Temos três casos registrados. Há semelhanças entre os relatos, mas também há diferenças, explicou o delegado Fábio Pedroto, titular do Distrito Policial de Santo Antônio, onde os casos estão sendo investigados.
DENÚNCIAS
O último registro foi na noite de quinta-feira (27). Segundo a mãe da criança, uma dona de casa de 23 anos, que conversou com a reportagem da CBN Vitória, sem se identificar, o filho de 8 meses tem o costume de ficar no portão de casa, em frente à Rodovia Serafim Derenzi. Por volta de 19h30, um homem apareceu e tentou abrir o cadeado do portão quando o surpreendeu.
Ele já estava segurando na mãozinha do meu filho e saiu correndo depois que cheguei gritando, mas não deu para pegar ele. Do ponto de ônibus para lá ninguém mais viu o homem. Parecia que tinha algum carro esperando ele, mas ninguém o viu entrando, relatou.
A dona de casa disse que tudo foi muito rápido. O homem, de acordo com ela, usava calça jeans, camisa azul escura, era moreno e forte.
Tem que ter mais segurança, nossos filhos não podem mais nem ficar na porta de casa. Não sabemos nem o que fazer. Se levassem meu filho e eu não encontrasse, eu não teria mais nada na vida, afirmou a dona de casa.
OUTRO RELATO
Já a técnica de laboratório Iraneth Pereira dos Santos, 39, conta que no dia 20, o filho de 10 anos foi parado e chamado para entrar em um carro quando voltava para casa após um jogo de futebol.
Um homem abriu a porta e chamou ele para entrar, mas como a gente instruiu ele a não falar com estranhos, ele voltou correndo para o futebol para pedir ajuda. Ele ficou escondido lá, porque não encontrou mais professores, e ficou esperando para ver se o carro havia ido embora. Meu filho chegou em casa assustado, não tem como uma criança inventar uma história dessas", reclama.
CONFLITO
Apesar de serem três boletins de ocorrências, existem pontos diferentes em relação às circunstâncias de cada tentativa.
Há divergências de modelo e cor de veículos, mas não descartamos que mais de um veículo esteja sendo usado. Trabalhamos com todas as hipóteses, até do indivíduo, ou indivíduos, estarem usando mais de um carro. Não sabemos o quantitativo de pessoas dentro dos veículo pois os carros suspeitos teriam películas escuras, por isso não é possível precisar a quantidade de ocupantes.As pessoas podem ficar tranquilas que a Polícia Civil está apurando os fatos e que não se deixem levar por informações de redes sociais que geram pânico, reforçou o delegado Fábio Pedroto.
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