Espancado até a morte. Esse foi o resultado da investigação da Polícia Civil sobre a morte de Paulo Antônio Marinho Batista, 8 anos, encontrado pela mãe dentro de casa, no Romão, Vitória, no dia 02 de abril.
O acusado do crime, é o padrasto, de 23 anos, que não teve o nome divulgado pela polícia devido à Lei de Abuso de Autoridade. Ele é considerado foragido.
No dia da morte, Paulo Antônio havia ficado em casa com o padrasto, com quem convivia havia pouco mais de dois meses. A mãe havia saído para levar o filho caçula, de 5 anos, ao hospital.
De acordo com informações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, ao retornar do hospital com o filho caçula, a mãe de Paulo Antônio encontrou o garoto deitado no colchão, onde ele dormia, coberto por um lençol.
"Já era pouco mais de 10 horas e isso chamou a atenção da mãe da criança já que o menino não dormia até tarde. Ao levantar o lençol, ela percebeu que ele tinha lesões e imediatamente pediu por socorro, mas o filho já chegou sem vida ao hospital", detalhou a delegada Larissa Lacerda, da DHPP Vitória.
Uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e levou Paulo Antônio desacordado, acompanhado da mãe, para o hospital. No local, a equipe médica observou diversos hematomas pelo corpo. No trajeto, o menino teve parada cardiorrespiratória e passou por procedimentos de reanimação, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A delegada conta que o laudo dos médicos legistas do Departamento Médico Legal (DML) atestou que a criança apresentava diversos traumatismos por todo o corpo, inclusive na cabeça, nos pulmões, fratura nas costelas e laceração do fígado e da bexiga.
"No local do crime não encontramos nenhum instrumento que pudesse ter sido utilizado pelo autor. Pela forma como as lesões se deram, chegamos que a conclusão que foi com mãos que a vítima foi espancada até a morte", descreveu Larissa Lacerda.
Para a polícia, o autor dos fatos é o padrasto, com quem a criança dividia a casa havia pouco mais de dois meses e com quem a mãe se relacionava havia um ano. "Essa criança estava sozinha com o autor e, após o crime, ele deixou a casa levando roupas", detalha a delegada. A partir daí, começa uma incógnita para a própria polícia.
"Há informações de que ele teria fugido. Porém, também há informações de que ele teria sido morto e enterrado em uma mata no próprio bairro. Chegamos com buscas e até utilização do cão da DHPP na área, mas nada foi encontrado. Hoje, ele é tido como foragido", destacou a delegada.
O padrasto foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado por emprego de tortura e impossibilidade de defesa da vítima. A pedido da DHPP Vitória, a Justiça expediu mandando de prisão temporária contra o padrasto, por isso ele é considerado foragido, mas também representou pela prisão preventiva.
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