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Polícia divulga imagens dos últimos minutos de vida de professora

Polícia divulga imagens dos últimos minutos de vida de professora

Patrick Noé, marido de Danielly Wandermurem Benício, foi a última pessoa a deixar o apartamento antes da professora ser encontrada morta

Publicado em 19 de março de 2018 às 18:01

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As câmeras do prédio gravaram os últimos minutos de vida da professora Danielly Wandermurem Benício. (Divulgação | Polícia Civil)

Dois minutos. Esse foi o tempo em que o engenheiro Patrick Noé teria levado para matar a professora Danielly Wandermurem Benício, de 36 anos. Imagens registradas pelo sistema de videomonitoramento do condomínio em que Danielly foi encontrada morta foram divulgadas pela Polícia Civil nesta segunda-feira (19). Patrick foi a última pessoa a deixar o apartamento no dia 29 e a primeira a voltar no dia seguinte.

O casal teve uma briga durante a tarde do dia 29 porque Patrick alegou que Danielly estava conversando com outra pessoa no celular. Após a briga, o engenheiro foi para casa de parentes e, à noite, retornou com um familiar. Eles ficaram no apartamento de 22h37 às 22h46. Neste horário, eles deixaram o apartamento com uma mala e se dirigiram ao elevador, momento em que Patrick retornou ao apartamento onde, segundo a polícia, deixou o local às 22h48. Nesses dois minutos ele teria cometido o crime.

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O CRIME

O engenheiro eletricista Patrick Noé dos Santos Filgueiras foi preso no dia 17 de janeiro acusado de ter assassinado a mulher dele, a professora de Geografia Danielly Wandermurem Benício, que dava aulas em um colégio particular de Vitória. A investigação, que estava sob segredo de justiça, foi conduzida pelo delegado Janderson Lube, da Delegacia Especializada de Homicídio Contra a Mulher (DEHCM).

A professora foi encontrada morta no apartamento onde morava em Jardim Camburi, em Vitória, no dia 30 dezembro do ano passado. Num primeiro momento, a informação foi de que a mulher teria cometido suicídio, mas a polícia não estava convencida e seguiu investigando o caso. Imagens das câmeras do condomínio ajudaram a polícia a esclarecer as circunstâncias da morte.

No final de janeiro, a Justiça negou, pela segunda vez, o pedido de soltura para o engenheiro Patrick Noé.

MARIDO 'RASTREAVA' DANIELLY

Patrick Noé dos Santos Filgueira, de 38 anos, instalou um programa espião no celular da vítima para monitorar as conversas que ela mantinha com outras pessoas em um aplicativo.

A informação foi revelada pelo delegado Janderson Lube, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher, responsável pela investigação do assassinato da professora. Por causa de ciúmes, o engenheiro estava monitorando o celular da professora desde maio de 2017.

'MORTE EXTREMAMENTE VIOLENTA'

O delegado Janderson Lube afirmou que a morte da vítima foi "extremamente violenta". O acusado de ter cometido o crime, o engenheiro Patrick Noé dos Santos Filgueira, de 38 anos, está preso. O titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher concluiu o inquérito e encaminhou à Justiça.

Segundo o delegado, o laudo aponta que Danielly morreu por causa de uma hemorragia intracraniana causada por uma pancada na cabeça. As imagens do sistema de videomonitoramento do prédio ajudaram a polícia a concluir o caso. O marido dela, Patrick Noé, foi a última pessoa a deixar o apartamento no dia 29 e a voltar ao local no dia seguinte.

Danielly Benício e Patrick. (Reprodução/Instagram)

POLÍCIA DESCREVE CENA DO CRIME

Segundo a polícia, o corpo de Danielly Wandermurem Benício, de 36 anos, que foi encontrada morta no apartamento onde morava, em Jardim Camburi, em Vitória, estava no pé da cama. Ela estava de bruços, sob um poça de sangue. Dentro do quarto, a polícia encontrou a janela aberta, o ar-condicionado ligado, o pé do criado mudo do casal estava quebrado e os dois porta-retratos virados para baixo.

Em outro cômodo haviam garrafas de cerveja, sendo uma delas vazia, mas o lugar não estava revirado. No lixo da cozinha os policiais encontraram caixas de remédios controlados vazias.

O corpo de Danielly estava de bruços, com os braços acima da cabeça. Ela estava vestida com um macacão laranja.

O laudo cadavérico da vítima aponta que ela foi morta por golpes contundentes na cabeça. Ela apresentava fraturas na face, além de lesões no tórax e pernas.

As marcas de sangue no chão indicavam que ela havia sido arrastada. Sob esse sangue com marcas de arrasto, se formou a poça, após a morte da vítima.

Gotas de sangue foram encontradas na parede, a cerca de 60 centímetros de onde estava o corpo. Também haviam gotículas no guarda-roupas, que estava a mais ou menos um metro de distância da vítima. Isso indica que ela foi golpeada enquanto sangrava, segundo o laudo.

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Uma marca de sola de sapato com sangue foi encontrada ao lado esquerdo do corpo, no chão. Em depoimento, Patrick afirmou que o síndico pisou no local, antes da chegada da polícia, acidentalmente.

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