A Polícia Civil divulgou, durante uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (6), um vídeo que comprova que a corretora de imóveis Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos, consumiu copos de cerveja e doses de vodca em dois bares da Capital, antes de atropelar e matar a modelo Luísa Lopes, de 25 anos, no dia 15 de abril de 2022, na Avenida Dante Michelini, na orla de Camburi, em Vitória.
Nas investigações, a polícia buscou imagens dos dois estabelecimentos por onde Adriana passou. Primeiro, por volta das 17h, a corretora parou em um bar, em Jardim Camburi, onde ficou por 45 minutos. No local, ela consumiu dois caranguejos e alegou para a polícia ter bebido água. No entanto, a comanda do bar mostra os dois crustáceos e duas cervejas de marcas diferentes, e não água.
Logo depois, Adriana foi para outro bar, desta vez no Triângulo das Bermudas, na Praia do Canto, onde ficou por 1h40. Câmeras de segurança do local mostraram a corretora pegando uma garrafa de cerveja. Posteriormente, ela ainda fez a ingestão de outra bebida, desta vez vodca.
À época, uma análise preliminar realizada pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana (Semsu), da Prefeitura de Vitória, apontava que a modelo estava fora da faixa de pedestres e que o semáforo estava aberto para os motoristas no momento em que a tragédia aconteceu.
As investigações da Polícia Civil mostraram que Luísa Lopes estava, sim, na faixa de pedestres e só se afastou quando percebeu que o veículo se aproximava em alta velocidade. De acordo com o inquérito, o impacto aconteceu fora da faixa e o veículo da corretora de imóveis estava em uma velocidade de 72 km/h, acima do limite permitido na via, que é de 60 km/h. A colisão fez a modelo ser lançada a 40 metros de distância.
A modelo Luísa Lopes morreu após ser atropelada na Avenida Dante Michelini, na altura do bairro Jardim da Penha, em Vitória, na noite de 15 de abril de 2022. O veículo que atingiu a ciclista seria dirigido pela corretora de imóveis Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos.
Na data do atropelamento, a motorista foi presa em flagrante por embriaguez ao volante. Segundo a Polícia Militar, ela apresentava sinais de embriaguez e se negou a fazer o teste do bafômetro. No dia seguinte, ela pagou uma fiança de R$ 3 mil e deixou a prisão. Para conceder a liberdade provisória, o magistrado José Leão Ferreira Souto considerou a ausência de antecedentes criminais e a própria autuação.
Dias depois de Adriana ser solta, familiares e amigos da modelo fizeram um protesto por justiça. Os manifestantes seguraram cartazes, pintaram parte do asfalto de vermelho e penduraram uma bicicleta no poste para chamar atenção para a morte de Luísa.
Adriana foi indiciada por crime doloso qualificado e pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.
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