A Polícia Civil anunciou a criação de um núcleo especializado em crimes de sequestro em que as vítimas são obrigadas a realizar transferências bancárias via Pix ou outro sistema de transferência. Além disso, o núcleo também vai investigar sequestros em que vítimas são deixadas em algum lugar e seus veículos ou outros pertences são levados.
Nesta quarta-feira (14), A Gazeta divulgou que, em apenas dois meses, a Grande Vitória registrou nove casos de sequestro-relâmpago com roubo via Pix. Os casos ocorreram no período de 18 de outubro até o dia 13 de dezembro, conforme levantamento de A Gazeta, mas a quantidade de crimes como esse pode ser maior, considerando que a reportagem utilizou informações somente das situações noticiadas no período.
Em entrevista para a repórter Vanessa Calmon, da TV Gazeta, o delegado Gabriel Monteiro informou que o núcleo especializado de combate a crimes de extorsão mediante restrição da vítima já está em operação e, nos próximos dias, deve assumir as investigações dos recentes casos de sequestros em que a vítima foi obrigada a fazer transferências via Pix.
“Esse núcleo já foi criado com policiais treinados e estamos focando ocorrências que têm relação com essa questão da extorsão com restrição de liberdade da vítima. Agora, com ferramentas de inteligência, com cerco de inteligência e outras ferramentas, iremos investigar e, futuramente, estaremos prendendo esses criminosos”, disse Gabriel Monteiro, chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic).
A pena para esse tipo de crime é de 6 a 12 anos.
Ainda de acordo com o delegado Gabriel Monteiro, apesar das semelhanças das ações dos criminosos em alguns casos, não se trata de uma organização criminosa com foco neste tipo de crime.
“Não temos nenhuma informação de organização criminosa que comete esse tipo de crime, são crimes de oportunidade, ou seja, às vezes um comportamento da vítima vai fazer o criminoso agir naquele momento”, finalizou o delegado.
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