A Polícia Civil (PCES) apreendeu nesta quinta-feira (17), durante a Operação Magnum Damnum, aproximadamente 550 kg de cocaína pura escondidos dentro de um bunker em uma casa do bairro Ponta da Fruta, em Vila Velha. A informação foi divulgada pela corporação, que afirma ser a maior apreensão desse tipo de droga da história da PCES – inicialmente a quantidade informada na apreensão era de 500 quilos.
O governador do Estado, Renato Casagrande, fez um post em suas redes sociais comemorando a ação.
A operação, segundo a Polícia Civil, foi realizada pela Superintendência de Polícia Regional Norte (SPRN), do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) Norte e com apoio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz e da Delegacia Especializada de Investigação Criminal (Deic).
Segundo o titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, delegado André Jaretta, essa foi a segunda fase da operação. A primeira foi realizada em junho deste ano e resultou na apreensão de 100 kg de maconha escondidos em um porta-malas de um carro na BR 101, em Mimoso do Sul, no Sul do Espírito Santo.
A partir das investigações dessa apreensão, a polícia identificou Henrique Silva Lima, vulgo Neguinho Mascote, que seria responsável pela logística para trazer as drogas para o Estado.
"O foco do Ciat é combater criminosos que têm impactado na violência no ES. No Norte identificamos que quem estava impactando era o Bryan, parceiro do Henrique", explicou o delegado.
As drogas apreendidas em Mimoso do Sul vinham do Rio de Janeiro a mando de Bryan.
Bryan Lyrio Deolindo é uma das lideranças do Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro e tem atuação no Espírito Santo. Atualmente, ele está escondido na capital do estado fluminense, assim como Henrique. Segundo a Polícia Civil, o criminoso possui 10 mandados de prisão em aberto e é responsável por ordenar homicídios em algumas localidades do Estado, principalmente na região Norte.
Além dos dois, a polícia chegou até Átila Gonçalves Nunes, vulgo Taru, que já se encontra preso. Ele seria o responsável por cometer os assassinatos a mando de Bryan.
Com a identificação de Henrique e de Bryan, as investigações conseguiram localizar endereços que Henrique usava para esconder os entorpecentes e chegaram a casa de Vila Velha.
No local, os policiais foram surpreendidos com um bunker, que estava sendo preparo para esconder as drogas. O buraco tinha cerca de 1,80 metro de profundide e os criminosos pretendiam concretar as paredes e, por cima, colocar azulejos.
"Para que ali pudesse manter essa droga escondida e depois distribuir para a Europa ou outra região que fosse de interesse da organização criminosa. Felizmente chegamos a tempo de não deixar eles terminarem concretizar", contou o delegado André Jaretta.
O proprietário da casa está preso e ela era utilizada pela organização apenas para esconder os entorpecentes, já que ninguém morava ali.
A residência possuia piscina, móveis e um quintal. Segundo a polícia, tudo para não chamar a atenção. Segundo apuração do repórter Vinicius Colini, da TV Gazeta, a corporação acredita que as drogas tenham sido levadas da Bolívia ou Colômbia para o Rio de Janeiro e, de lá, transferida para o Espírito Santo.
Após a publicação, a Polícia Civil corrigiu a informação e divulgou que o total de droga apreendida foi de 550 e não 500 quilos. Título e texto foram corrigidos.
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