Alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professor João Bandeira, no bairro Consolação, em Vitória, soltaram rojões dentro da instituição na tarde desta sexta-feira (18), durante o horário das aulas. Além de assustar profissionais da unidade, a confusão precisou ser contida por autoridades de segurança.
De acordo com pessoas ouvidas por A Gazeta, que não quiseram ser identificadas por medo, os estudantes já haviam realizado estouros do tipo nesta quinta-feira (17). Segundo elas, o clima no colégio estaria difícil desde o início do ano e se agravou após um desentendimento com a coordenação, que teria suspendido o uso de bolas durante o recreio.
Em áudios recebidos por A Gazeta, é possível ouvir o barulho dos rojões sendo estourados ao fundo e uma pessoa não identificada dizendo que a situação está um "inferno". Para conter a confusão desta sexta-feira, a Guarda Municipal e a Polícia Militar estiveram na escola municipal.
No horário de aula, alunos estavam espalhados no meio da rua. Segundo Sidilene Amon, que integra o conselho da comunidade escolar, há um histórico de agressões entre os alunos do período da tarde. "Estamos tentando fazer de tudo, mas está chegando ao lado de fora", disse.
Diante do tumulto, responsáveis pelos estudantes reclamaram da ação policial. Em entrevista à repórter Priciele Venturini, da TV Gazeta, a manicure Raiany Barros afirmou que é um "absurdo" a polícia usar spray de pimenta, mesmo em uma situação que, segundo ela, estava "fora de controle".
Apesar de ter sido vista no local, como mostra a imagem que abre esta matéria, a Polícia Militar disse que a ocorrência foi atendida pela Guarda Municipal que, por sua vez, afirmou que agentes foram acionados pela direção para "prestar apoio no atendimento aos alunos e servidores da instituição".
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Seme) informou que, assim que tomou ciência do fato na tarde desta sexta-feira, acionou a Guarda Civil e enviou uma equipe técnica ao local. A ocorrência estava em andamento no momento em que a reportagem de A Gazeta procurou a administração.
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