Você já viu uma "cédula de R$ 420"? Uma nota com esse “valor” foi apreendida nesta terça-feira (23) pela Polícia Militar em Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo. Ela estava com um adolescente, que foi encaminhado junto com o material à delegacia do município. A "cédula de R$ 420" faz referência à maconha. Ela tem o desenho da planta e um bicho-preguiça impresso.
O delegado titular da Delegacia de Polícia (DP) de Nova Venécia, Willian Dobrovosk, explica que, no caso, não há o cometimento de crime, porque a nota não se caracteriza como falsificação.
"Na verdade, isso é uma brincadeira, porque tem um bicho-preguiça e uma folha de maconha. O R$ 420,00 faz referência ao 4h20, também relacionado ao entorpecente. Eventualmente, se ele tivesse usado a nota e alguém recebido ela, poderíamos falar em um crime de estelionato. Como ele não usou, ele não cometeu crime nenhum com essa nota”, completou o delegado.
Na ocorrência, uma outra pessoa conseguiu fugir. Além do dinheiro, os militares encontraram armas, munições, entre outros materiais. O adolescente foi autuado por porte ilegal de arma.
“Com inexistente grave ameaça ou violência, ele foi liberado em seguida. Contudo, esse precedente pode influenciar em eventual aplicação de medida socioeducativa em razão de reiteração em crime grave”, salientou Dobrovosk. O procedimento será encaminhado ao Ministério Público Estadual.
O número 420 se tornou um símbolo da droga. Era uma senha utilizada por estudantes do ensino médio na Califórnia, nos Estados Unidos, em 1971, que se encontravam em um muro do lado de fora da escola para conversar e fumar maconha.
Eles tiveram acesso a um “mapa do tesouro” onde haveria uma plantação da erva e resolveram se encontrar às 4h20 (16h20) para a empreitada. Segundo relatos, nunca encontraram a horta, mas o horário não foi mais esquecido pelos jovens usuários.
Atos para discutir políticas sobre o uso da droga são realizados mundo afora acontecem no dia 20 de abril, como referência ao 20/4, que no padrão inglês inverte a ordem de mês e ano.
Com informações da Superinteressante e BBC
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta