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Polícia faz alerta sobre cachaça falsificada e pede devoluções no ES

Polícia faz alerta sobre cachaça falsificada e pede devoluções no ES

Em operação realizada nesta quarta-feira (9), foram apreendidos 4.350 litros da bebida que, segundo a denúncia, era produzida sem autorização e em condições sanitárias mínimas

Publicado em 9 de abril de 2025 às 19:06

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Nayra Loureiro
Estagiária / nvieira@redegazeta.com.br

Após a interdição de duas fábricas clandestinas em Jardim Bela Vista, na Serra, a Polícia Civil faz um alerta à população sobre o risco de consumo do produto e orienta os consumidores a devolverem as bebidas. Em operação realizada nesta quarta-feira (9), foram apreendidos 4.350 litros da bebida que, segundo a denúncia, era produzida sem autorização e em condições sanitárias mínimas, e mesmo assim era comercializada em supermercados, bares e distribuidoras.

Em entrevista, o delegado Eduardo Passamani explicou que os responsáveis faziam a mistura com uma cachaça vinda de outro local e, em terras capixabas, os produtos recebiam um novo rótulo.

“O local era totalmente insalubre e inadequado. As garrafas usadas vinham de um lixão e eram lavadas de forma manual”, disse. Segundo o delegado, eles colocavam a rotulagem de marcas conhecidas e, além do produto ser falsificado, era utilizado uma substância amarela para dar uma aparência ‘premium’ ao produto.

Cachaças clandestinas apreendidas durante operação nesta quarta-feira (9), na Serra
Bebidas apreendidas durante operação de combate à falsificação de cachaça na Serra. (Divulgação | Sesp)

Os responsáveis pelas fábricas afirmaram que compravam as bebidas de alambiques certificados, mas não apresentaram provas. As investigações apontaram que uma das marcas das bebidas apreendidas não existe no mercado e não deve ser comercializada: a cachaça Patroa.

A cachaça ‘Du Patrão’ era comercializada com rótulo indicando que a marca era capixaba, no entanto, a marca oficial é de Minas Gerais. Por isso, ela não tinha autorização. A polícia ainda investiga se a marca mineira tem autorização do Ministério da Agricultura. 

A terceira marca, Santha Marta, também existe e possui um alambique legalizado. “O alambique tem autorização para fabricar a cachaça, mas ele fabrica e vende para o consumidor final, para distribuidor ou para um revendedor que vai colocar para o consumidor final. Ele não pode estar vendendo isso para alguém envasar. Se o alambique vendeu para o envase, ele vai responder criminalmente também”, explicou o delegado.

A orientação dada a quem comprou o produto de uma das marcas citadas é fazer a devolução para o estabelecimento, que deve ressarcir o consumidor. A investigação contra a falsificação foi concluída, duas pessoas foram presas e encaminhadas ao Centro de Triagem de Viana. Eles foram autuados por fabricação de bebida clandestina e venda de produto fora das normas, cujas penas somadas variam de 6 a 13 anos.

A polícia irá instaurar uma nova investigação para apurar a responsabilidade dos fabricantes originais, mas não há indícios de envolvimento. A reportagem procura as empresas e o espaço segue aberto para a manifestação.

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