Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Vitória e Serra, em uma ação que busca coibir fraudes contra a Administração Pública, por meio da utilização de documentos falsificados, como laudos psiquiátricos, diplomas e exames, em processos seletivos para contratação de servidores, recadastramento de taxistas e licenças para tratamento de saúde.
A 3ª fase da Operação ‘Falsárius’ foi cumprida pela Superintendência de Inteligência e Ações Estratégicas (SIAE) na última sexta-feira (04), mas foi divulgada apenas nesta terça (08), pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES).
Os mandados foram cumpridos no bairro Praia do Suá, em Vitória, e em Chácara Parreiral, Eldorado, Planície da Serra e Porto Novo, no município da Serra. Aparelhos celulares e diversos documentos foram apreendidos durante as buscas.
Segundo o titular da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), delegado Douglas Vieira, a Operação tem como objetivo desmantelar o que chamou de a "indústria" de documentação falsa apresentada à Administração Pública e haverá desdobramentos e novas fases da operação para identificar todos os intermediários e falsificadores.
A primeira fase da Operação Falsárius foi realizada em 17 de outubro de 2023. A segunda, em fevereiro deste ano. Até o momento, 21 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Grande Vitória, resultando na apreensão de 16 celulares e diversos documentos, diplomas, laudos e exames médicos adulterados e falsificados.
Segundo informações divulgadas pela polícia, as fraudes envolvem, por exemplo, processos seletivos para contratação de servidores, nos quais candidatos apresentaram documentação falsificada para aumentar suas pontuações e assumir cargos de forma ilícita.
Também foram identificados atestados médicos falsos, utilizados para justificar ausências de servidores. As doenças mais frequentemente alegadas nesses atestados falsos incluem dores de cabeça, gastroenterite, dengue, viroses, dores nas costas, estresse e depressão. Também foram detectados atestados psiquiátricos falsos usados para o recadastramento de taxistas.
“Durante as três fases da Operação ‘Falsárius’ conseguimos apreender tabelas de preços com oferta desse tipo de serviço, com valores de R$ 200 a R$ 2.500, bem como diplomas, laudos e exames médicos adulterados e falsificados”, afirmou o delegado.
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