Com intuito de reduzir os índices de criminalidade, principalmente o número de homicídios no Espírito Santo, acontece nesta sexta-feira (8) a quinta fase da Operação Caim em todo o Estado. A ação, planejada pela Superintendência de Polícia Especializada (SPE) da Polícia Civil, tem como principal objetivo direcionar esforços das unidades especializadas para a prisão de homicidas e de traficantes.
A operação, que teve início na manhã desta sexta (8), acontece não apenas na Grande Vitória, mas também no interior do Estado. Na Região Metropolitana de Vitória, são 115 policiais civis e 66 policiais militares participando da ação. Atuam também os policiais do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (NUROC/SESP), o Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer), a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional e as guardas Municipais de Vitória, Vila Velha e Serra.
"Nosso foco são homicidas e traficantes. Nesse momento, grande parte da equipe está nos bairros do Complexo da Penha, em Vitória, mas há ação em todo o Estado. E isso só é possível graças as forças das policiais integradas. Estaremos presentes nesses locais para partir pra cima e prender criminosos. Por isso, a gente aproveita para solicitar as comunidades que nos apoiem, denunciando no número 181. Não teremos hora pra sair. Até agora, em todas as fases da Operação Caim, já foram apreendidas mais de 50 armas e mais de 100 prisões. Mas, independente desses números, só o fato da polícia estar presente nessas comunidades já dá um conforto para essas famílias de trabalhadores", afirmou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, coronel Alexandre Ramalho, em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo, da TV Gazeta.
De acordo com a Polícia Civil, a Operação Caim realizou 118 detenções nas quatro primeiras etapas, deflagradas em abril. Ao todo, 27 armas, 1.127 munições, sete veículos, drogas e mais de R$ 35 mil em dinheiro foram apreendidos. Em todo o Estado, 109 mandados judiciais foram cumpridos. O nome Operação Caim faz referência à história bíblica dos irmãos Caim e Abel, e remonta ao primeiro homicídio sobre o qual a sociedade teve conhecimento.
Primeira fase: deflagrada no dia 2 de abril, nos municípios de Cariacica e Vila Velha, a ação contou com 94 policiais civis em 31 viaturas. O resultado foi a prisão de 15 suspeitos, dois adolescentes apreendidos, além de armas, munições e drogas. Entre os detidos estava o chefe do tráfico de drogas da região de Zumbi dos Palmares, em Vila Velha.
Segunda fase: realizada no dia 8 de abril, alcançou o resultado de 39 detenções em todo o Estado, apreensão de 10 armas, drogas e munições. Na ação, a polícia prendeu um dos suspeitos de participar do tiroteio que resultou na morte da menia Alice da Silva Almeida, de 3 anos, em Vila Velha.
Terceira fase: deflagrada no dia 17 de abril, resultou em 47 suspeitos detidos, dois adolescentes apreendidos, dez armas, 888 munições, entorpecentes, dois veículos e uma moto apreendidos. Entre os presos está o acusado de matar o investigador da DHPP Marcio Marcelo Albuquerque, assassinado em Colatina, em 2017.
Quarta fase: no dia 24 de abril foram efetuadas 12 prisões de adultos e a apreensão de um adolescente, além de três armas, 125 munições, um simulacro de arma de fogo e drogas. Seis prisões ocorreram no interior do Estado e o restante na Região Metropolitana de Vitória. Entre os detidos, está um homem considerado chefe de uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas e armas e que atua em Cariacica, investigado pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) por fazer parte de uma quadrilha que usava armas de guerra.
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