A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta sexta-feira (25), a Operação Abigeatus, que combate duas organizações criminosas que atuam no furto e abate clandestino de gado, além da venda de carne sem procedência no Espírito Santo. Segundo a TV Gazeta, entre outras irregularidades, a operação apura a venda irregular de carne de cavalo.
Ao todo, a polícia busca cumprir 10 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão nos municípios de Viana, Cariacica e Santa Leopoldina. Mais de 100 policiais civis participam da ação, coordenada pela Delegacia de Segurança Patrimonial.
A operação conta ainda com o apoio da Subsecretaria de Inteligência da Sesp, do Núcleo de Operações em Transporte Aéreo (Notaer) da Secretaria da Casa Militar e da equipe de fiscalização do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf-ES).
"Era uma demanda muito forte de proprietários rurais: de roubo, de abate na própria propriedade retirando a carne. Encontramos oito armas de fogo, seis ou sete pessoas já detidas, quantidade de carne que comprova essa venda ilegal. É um crime covarde, absurdo, uma insensatez essa venda sem nenhum ambiente sanitário", comentou o secretário de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, em entrevista à TV Gazeta.
Um dos alvos da operação é o dono de uma chácara em Vila Cajueiro, Cariacica, que foi preso. Ele é suspeito de roubar gado de propriedades rurais e vender. Na chácara, também foi apreendida uma carcaça de um ônibus antigo cheia de sacos de trigo, que teriam sido furtados. Os policiais também foram a um supermercado, suspeito de vender carne clandestina, que é de propriedade do dono da chácara.
No supermercado, embora o proprietário tivesse notas fiscais de 130 kg de carne, foram encontrados 300 kg. Segundo o delegado Gianno Trindade, chefe do Departamento de Segurança Patrimonial, o consumo dessa carne pode provocar várias doenças.
"Estamos há três meses investigando responsáveis pelo abate clandestino de gado e fornecimento final ao consumidor dessa carne. O interior do supermercado há carnes que estão fora de validade, segundo o Idaf. Temos indícios de que supermercados, açougue e restaurantes compraram essa carne", comentou.
Com informações da TV Gazeta
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