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Polícia faz perícia na casa de professora assassinada em São Mateus

Polícia faz perícia na casa de professora assassinada em São Mateus

Regiane da Silva Pereira foi encontrada morta às margens da BR 101 no último dia 6. Seu marido, Paulo Sérgio de Oliveira, está preso acusado pelo crime

Publicado em 13 de maio de 2019 às 20:54

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Residência do casal passou por perícia nesta segunda-feira (13), em São Mateus. (Maria Luiza Silva)

A Polícia Civil realizou uma perícia, na tarde desta segunda-feira (13), na casa da professora Regiane da Silva Pereira, que foi encontrada morta às margens da BR 101, em São Mateus, no último dia 6. O trabalho policial começou às 15 horas e demorou cerca de uma hora. A vítima morava no local, que fica no bairro Lago dos Cisnes, com seu marido, Paulo Sérgio de Oliveira. Ele está preso temporariamente acusado pelo crime.

A perícia faz parte das investigações feitas pela PC para elucidar o assassinato da professora. Um perito saiu da casa com uma bolsa feminina. Segundo o delegado José Eustáquio Mendes Júnior, titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de São Mateus, oito testemunhas já prestaram depoimento e outras pessoas ainda serão ouvidas. Além disso, ele informou que já tem provas suficientes para incriminar Oliveira. O laudo cadavérico de Regiane deve ficar pronto em 20 dias.

O carro do suspeito foi apreendido pela Polícia Civil e está no pátio da 18ª Delegacia Regional de São Mateus. A previsão era que o veículo passasse por uma perícia na tarde desta segunda-feira.

PRISÃO PARA EVITAR FUGA

Carro da perícia da Polícia Civil na residência onde morava o casal, em São Mateus. (Maria Luiza Silva)

O delegado ainda revelou que o marido da professora estava pronto para fugir. Por isso, inicialmente ele foi preso por atraso de pagamento de pensão alimentícia. Isso deu mais tempo para os investigadores conseguirem provas contra o suspeito até a Justiça conceder a prisão temporária por 30 dias, já em relação à morte de Regiane. É possível a prorrogação para mais 30 dias de detenção se a PC achar necessário.

Ainda de acordo com Mendes Júnior, Oliveira foi trabalhar normalmente no dia 6, quando o corpo da vítima foi encontrado. Ela havia desaparecido no dia anterior, um domingo, mas o marido só procurou a polícia para informar o sumiço da esposa perto do horário que o corpo foi localizado, o que aconteceu por volta de 16 horas do dia 6.

IDA À IGREJA

A professora Regiane da Silva Pereira foi encontrada morta em São Mateus. (Arquivo pessoal)

Na ocasião, ele alegou à Polícia Militar que havia deixado Regiane em uma igreja no bairro Ideal, por volta de 18 horas, e ela teria dito que não era preciso buscá-la, pois iria à pizzaria com uma amiga. Em entrevista para a TV Gazeta Norte durante o enterro da professora, no dia 7, a irmã dela, Rosimar da Silva, contestou a versão do cunhado.

“O pastor falou que ela não foi ao culto. Tem uma lista de chamada da igreja e não tem o nome dela. Nas câmeras de vigilância da rua, ela não aparece na esquina onde dizem que ela foi deixada”, explicou.

Uma perícia preliminar no local onde o corpo foi encontrado apontou que Regiane morreu estrangulada. Rosimar disse que foi informada que sua irmã teve o pescoço quebrado pelo assassino.

“Quebraram o pescoço dela e, segundo ele, foi uma pessoa muito forte que fez isso porque minha irmã tinha um porte bem forte e uma pessoa fraca jamais teria conseguido”, ressaltou.

O velório da vítima aconteceu na tarde do dia 7 e durou menos de duas horas. Ela foi enterrada no cemitério do bairro Aviação. Parentes e amigos de Regiane estiveram no local e ficaram bastante emocionados, inclusive seu marido.

ACUSADO NEGA CRIME

Paulo Sérgio é suspeito de envolvimento na morte da esposa, a professora Regiane da Silva Pereira. (Reprodução/TV Gazeta)

O delegado contou que Oliveira nega o tempo todo que tenha assassinado a esposa. O casal estava junto há oito anos e há cerca de um ano Regiane tentava se separar, mas o marido não aceitava. Juntos, eles têm uma filha de 4 anos, que foi adotada com 15 dias de vida. A criança está sob cuidados da avó materna.

A irmã da professora disse que a sobrinha sente falta da mãe. “A gente espera sinceramente que a Justiça investigue, que procure, porque ela deixou uma menina de 4 anos que era a vida dela, o sonho dela, e que está chamando pela mãe a todo momento. Como creio em Deus, eu acredito que o culpado vai ser preso e punido”, destacou Rosimar.

POLÍCIA CIVIL

Em nota, a Polícia Civil informou que Oliveira foi preso na quinta-feira (09) em cumprimento de um mandado de prisão por não pagamento de pensão alimentícia, em São Mateus, e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) do município. “Na tarde desta sexta-feira (10), foi expedido o mandado de prisão temporária contra ele, por suspeita do homicídio da esposa. O mandado de prisão é pelo crime de feminicídio e ele segue detido no presídio”, diz a nota.

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Além disso, a PC disse que outras informações não serão passadas, no momento, para não atrapalhar o andamento das investigações.

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