A polícia está fechando o cerco contra os traficantes do Primeiro Comando de Vitória (PCV), facção responsável pelo comércio de drogas no Complexo da Penha, na capital. Uma grande operação realizada na segunda-feira pelas polícias Civil e Militar resultou na prisão de 19 criminosos, que atuam nos bairros da Penha, Bonfim, São Benedito, Itararé e Gurigica.
A operação, coordenada pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), foi criada com o objetivo de prender os responsáveis pelo ataque à uma empresa que fornece alimentação aos presídios da Grande Vitória e também por ter ateado fogo em um ônibus do Transcol, na Serra, em fevereiro deste ano.
No ataque ao ônibus, ocorrido no dia 20 de fevereiro na ES 010, em Nova Almeida, na Serra, um recado deixado foi assinado com as iniciais do PCV, que atua no Estado em parceria com o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo.
O balanço da operação foi apresentado ontem. Dentre os presos estão: Cleiton Gomes Serafim, 19 anos, Darril Andrade de Oliveira, Robson da Vitória dos Santos, 23, Wesley Andrade Ferreira, o Peixinho, 21, Marcos Antonio Alves de Souza, 27.
Segundo as investigações, Cleiton é apontado como gerente do tráfico de drogas no Complexo da Penha. Com ele, foi apreendido um fuzil calibre .556. Já Darril seria o responsável pela compra e manutenção dos aparelhos eletrônicos usados pela facção.
Marcos é o autor do disparo que matou uma grávida no bairro Gurigica, em Vitória, em agosto de 2018.
Robson e Peixinho teriam praticado um ataque à empresa que fornece alimentação aos presídios e ateado fogo no Transcol. Peixinho também é apontado como o segurança de Fernando Moraes Pereira, o Marujo.
De acordo com a polícia, o PCV é liderado por Carlos Alberto Furtado da Silva, o Beto. Ele está detido na Penitenciária de Segurança Máxima II, Viana. O comando da organização é dividido com Hudson Xavier Loureiro, 39, o Hudinho, que foi preso no dia 19 de janeiro deste ano; o Marujo; e Geovani Andrade Bento, o Vaninho. Marujo e Vaninho estão foragidos.
O delegado Henrique Vidigal, responsável pela Delegacia de Segurança Patrimonial, destacou que os ataques a empresa de alimentação e o incêndio a ônibus foram ordenados por Marujo e Vaninho.
Essas ordens não partiram de dentro dos presídios. O que nós conseguimos fazer uma ligação é que na mesma época ocorrem mais de uma dezena de ataques no Ceará e o início de ataques em outros estados. Hoje, com a facilidade de comunicação, a gente percebe que as facções têm, sim, se comunicado e tentado praticar ataques à nível de Brasil", explicou o delegado.
Durante a operação foram apreendidos: 18 papelotes, 236 pinos de cocaína; um fuzil calibre .556; uma carabina calibre 22; uma pistola calibre .40 e 23 munições de mesmo calibre; um simulacro de pistola; 20 iPhone; três tablets; dois notebooks; um kit para desmonte de celulares; radiocomunicadores; e munições de diversos calibres.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta