A Polícia Civil informou na tarde desta sexta-feira (18) que já tem um suspeito de comercializar a droga mexicana, identificada como "mescalina", responsável por deixar jovens internados em estado gravíssimo após o uso em uma rave em Guarapari. Segundo o delegado Diego Bermond, titular da Departamento Especializado de Narcóticos (Denarc), uma das vítimas, um universitário de 24 anos, disse em depoimento que comprou três comprimidos por R$ 140. Ele ficou internado por seis dias e recebeu alta nesta sexta-feira (18). Outros dois continuam internados em estado grave.
"Ele teria feito a encomenda por meio de um amigo e feito um depósito bancário antes da festa. Já no evento, ele pegou os comprimidos de mescalina misturado com ecstasy, mas só tomou um. Vinte minutos depois, disse que começou a se sentir mal e desmaiou. Contou que não se lembra de nada, nem mesmo de ter sido socorrido", detalhou Bermond.
A polícia ainda investiga a origem da droga e como ela foi comercializada com os outros usuários. De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, a substância é nova no Espírito Santo e nunca havia sido apreendida pelo Denarc.
Ainda de acordo com Arruda, o responsável por comercializar as drogas pode responder por tentativa de homicídio, devido a situação grave em que os jovens se encontram.
"Se houver morte, inclusive, entendemos que podemos caracterizar como homicídio", disse.
A mãe de um dos jovens intoxicados após uso de drogas em uma rave em Guarapari no último fim de semana, conversou com a reportagem de A Gazeta no Hospital Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, na manhã desta sexta-feira (18). O filho dela, um universitário de 24 anos, está em estado grave na UTI na unidade de saúde. Leia entrevista na íntegra.
Em nota enviada à reportagem de A Gazeta, a Prefeitura de Guarapari informou que três jovens deram entrada na UPA da cidade em estado grave e posteriormente foram transferidos para hospitais de Vitória. A administração comunicou desconhecer o estado atual de saúde dos envolvidos por que os mesmos não estão mais na unidade do município.
Sobre a legalidade da festa, a Prefeitura comunicou que a mesma estava autorizada e cumpriu todas as exigências legais estabelecidas nas leis 071/2014 e 089/2016, não havendo impedimento para deliberação da licença para realização da rave. Compete à prefeitura, diz a nota, a fiscalização de postura, trânsito, vigilância sanitária, ambiental e fazendária (recolhimento de impostos).
"Questionamentos referente ao controle, fiscalização e demais ações para coibir a utilização de drogas, seja em eventos ou em demais locais, são de responsabilidade das polícias Civil e Militar", finalizou a Prefeitura.
Nota de esclarecimento
Viemos por meio desta comunicar que a produção do Evento Ecologic fez um levantamento com nossa equipe médica contratada e que, no evento, foram feitas 3 remoções e que essas pessoas foram atendidas pela equipe responsável e encaminhadas para o hospital. O evento é legalizado, conta com todos os alvarás solicitados, equipe de segurança com revista minuciosa e com equipe de socorro treinada completa com socorristas, salva-vidas e médico de plantão. A informação de 11 pessoas internadas não chegou até nosso conhecimento. Para nós, é algo novo e até então, uma inverdade, pois esse número não foi removido por nossa equipe médica. Temos informações de familiares e amigos que essas 3 pessoas estão vivas e melhorando a cada dia. Demos todo suporte possível dentro do evento e sempre fazemos o possível pelo nosso público.
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