O principal suspeito de abusar de uma mulher no bairro República, em Vitória, na última quarta-feira (23), foi identificado pelas polícias Civil e Militar. Buscas chegaram a ser feitas na casa do suspeito, no entanto, ele conseguiu fugir. No local, o homem deixou a bicicleta utilizada no crime e objetos relacionados a outras ocorrências.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o delegado responsável pelo 8ª Distrito Policial (DP) de Goiabeiras, Isaias Tadeu, informou que a busca foi feita por policiais militares ainda na quarta, dia do crime.
“Houve a denúncia de que um elemento tinha importunado sexualmente uma moradora do bairro República e, diante das imagens, [os militares] conseguiram e identificar o homem como referido suspeito/autor”, afirmou.
Segundo o delegado, há a suspeita ainda de que ele também tenha cometido crimes de roubo e tráfico de drogas. As vítimas que foram identificados vão ser intimadas a depor para fazer o reconhecimento do homem e, consequentemente, a Polícia Civil pedirá a prisão dele ao poder Judiciário.
“Foi determinado que [a Polícia Militar] se dirigisse à casa do mesmo, no sentido de prendê-lo, porque ele estava em flagrante delito, devido à importunação sexual e à tentativa de roubo. Porém, o mesmo, ao ver os policiais militares, empreendeu fuga. Foi determinado ainda que adentrasse na residência com a aquiescência [concordância] de sua companheira, local em que foi apreendida a bicicleta e substâncias entorpecentes”, disse.
Nesta quinta-feira (24), repercutiu outro vídeo de uma tentativa de assalto que teria ocorrido em Goiabeiras, pelo mesmo suspeito. Pelas imagens, é possível ver um homem, de bicicleta, atacar uma vítima, aparentemente em busca de subtrair o celular dela. O caso ocorreu na última terça-feira (22), por volta das 13h50.
Em nota divulgada nesta quinta (24), a Polícia Militar informou que a localização do indivíduo foi feita após informações levantadas pelo Programa Rede Comunidade Segura. Os materiais encontrados na casa dele foram apreendidos, "dando possibilidade para a instauração do inquérito policial".
"É necessário destacar que a participação da sociedade junto à Polícia Militar é fundamental para a manutenção da ordem pública, estabelecendo uma forte parceria no intuito de prevenir crimes e auxiliar em investigações. Essa colaboração tem sido fundamental para que a 12ª Companhia Independente esteja em redução de crimes contra o patrimônio, como o roubo a pessoa em via pública, de veículos e outros, quando comparamos o corrente ano com o ano de 2022", frisou a corporação.
A Polícia Civil destacou ainda que as investigações e diligências estão em andamento, porém, até o momento, o suspeito não foi detido.
A população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181, que também possui um site onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas, o disquedenuncia181.es.gov.br. O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas.
No fim da tarde de quinta-feira (24), o homem compareceu espontaneamente à Polícia Civil, conforme a advogada dele, Paloma Maroto Gasiglia, afirmou à reportagem, em nota. Ela disse que o indivíduo se colocou inteiramente à disposição da Justiça e se comprometeu a colaborar com a investigação.
A Gazeta tenta novo contato com a advogada e procurou a Polícia Civil para saber quais procedimentos foram adotados com o suspeito após o depoimento dele, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.
Uma assistente social viveu momentos de terror enquanto caminhava e passeava com o cachorrinho, na manhã desta quarta-feira (23), no Bairro República, em Vitória. Por volta das 7 horas, a vítima foi assediada por um homem, que apareceu de bicicleta e agarrou, sem permissão, os glúteos dela.
À reportagem de A Gazeta, a mulher, que não quis se identificar, contou que tinha acabado de sair de casa quando tudo aconteceu. Pelas imagens, é possível ver que a ação do suspeito dura menos de trinta segundos. O caso ocorreu na rua Amarílio Lunz, próxima à Avenida Adalberto Simão Nader.
"Como eu estava de costas, não consegui ver ele se aproximando. Chegou, me deu um tapa e saiu. Eu quase caí. E ainda disse coisas horrorosas, como que ia me levar para a casa dele. Senti muito medo. Comecei a gritar e umas três pessoas saíram de um imóvel, achando que eu tinha sido assaltada. Voltei para casa na hora", relembrou.
Ainda de acordo com a vítima, após o ocorrido, outras mulheres relataram que já passaram pela mesma situação na região. Uma delas, inclusive, também teria sofrido uma tentativa de assalto. Embora ainda esteja com medo, a assistente social garantiu que irá fazer uma denúncia para não deixar o suspeito impune.
"Já trabalhei na área de direitos humanos, e pude ver, de perto, que é muito comum a mulher se sentir culpada. Mas a gente tem que denunciar. Hoje foi comigo, mas também pode acontecer com outra mulher, uma adolescente, uma criança. É uma forma de nos protegermos disso", frisou.
Após publicação desta matéria, a defesa do suspeito se posicionou sobre o caso. O texto foi atualizado.
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