O pastor de uma igreja na Serra está sendo investigado após denúncias de que atuaria como dentista em um consultório, no bairro Eldorado, sem ter registro profissional. Segundo a Polícia Civil, esse tipo de conduta se enquadra no crime de estelionato e o caso seguirá sob investigação do 10º Distrito Policial.
De acordo com uma suposta vítima do falso dentista, a funcionária pública Zélia Maria Amorim de Oliveira, que levou o caso ao conhecimento do Ministério Público Estadual, bem como da Polícia e do Conselho Regional de Odontologia (CRO-ES), o homem mantinha um consultório na rua principal do bairro Eldorado, com a propaganda de que atuava fazendo extrações de dentes, tratamento de canal e colocação de prótese dentária.
A paciente conta que teve um prejuízo de R$ 1.900 após colocar próteses que deram errado. "Ele fazia o procedimento como se fosse dentista. Atendia com a esposa, que era secretária dele na clínica, onde fui duas vezes, nos dias 13 e 19 de agosto. Como ele era pastor de uma igreja ao lado e me falou que atendia como dentista há 30 anos, eu confiei. E é um homem de uns 65 anos. Eu paguei o valor à vista e, com uma semana, a prótese quebrou na minha boca. O procurei e pedi a devolução dos valores, mas ele não devolveu. Soube que outras pessoas do bairro também foram vítimas desse golpe", relatou.
Demandado o CRO, a entidade informou que recebeu denúncia sobre o falso dentista no dia 18 de outubro e que foi constatado que ele não possui nenhum tipo de registro no Conselho. De imediato, o CRO iniciou os procedimentos para ação conjunta com a Delegacia de Defesa do Consumidor e Vigilância Sanitária para o flagrante, interdição do local e condução para depoimento e boletim de ocorrência.
Também procurada, a Secretaria da Saúde da Serra informou que na última quarta-feira (20) o Conselho de Odontologia oficiou tanto a Delegacia do Consumidor quanto a Vigilância Sanitária da Serra pedindo apoio para a realização de uma ação em conjunto no consultório do falso dentista.
Sobre a denúncia da vítima do falso dentista, a Vigilância Sanitária da Serra confirma que a recebeu, na última sexta-feira (22), via ouvidoria, e que garante que os fiscais sanitários vão continuar monitorando o suspeito, através da realização de operações.
Também segundo a secretaria, no caso do exercício ilegal da atividade, cabe ao Conselho de Odontologia fiscalizar o exercício ilegal da profissão. Nesse caso, os fiscais sanitários atuam em conjunto, inspecionando as questões relacionadas ao cumprimento das normas sanitárias do local, com aplicação de medidas administrativas, a cada caso.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta