A Polícia Civil investiga casos de denúncias falsas de crimes em Linhares, no Norte do Espírito Santo. Na última semana, três homens confessaram ter comunicado furtos e roubos de carros que, na realidade, não aconteceram. As informações são do delegado Fabrício Lucindo, titular da 16ª Delegacia Regional, que fica na cidade.
O delegado explicou que há casos de pessoas que venderam o veículo e não receberam o valor combinado na negociação e, por isso, registraram boletins. "Em negócio malfeito, calote, a pessoa deve procurar um advogado ou um Juizado Especial Cível para resolver o problema dele, a partir de uma cobrança judicial. Não é com a Polícia Civil, a Polícia Civil investiga crimes", disse Lucindo.
As corretoras de seguros também ficam em alerta. "A seguradora solicita documentos, formulários assinados pelo cliente. Ela não vai indenizar de qualquer forma. Ela analisa o boletim de ocorrência, o local. Tem todo um critério para indenizar o veículo", falou Eliane Gadioli, dona de uma corretora de seguros.
A delegacia também está investigando outras pessoas que denunciaram furtos de documentos, em Linhares e Sooretama, para não pagar a taxa de 2ª via.
Os casos serão encaminhados para a Justiça, informou o delegado.
Por não haver situação de flagrante, os três homens vão responder em liberdade pela prática de denunciação caluniosa.
Se as pessoas que fizeram denúncias falsas forem condenadas, as penas vão de 2 a 8 anos de prisão.
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou, por nota, que não há ninguém preso por esse tipo de crime no Espírito Santo.
Com informações de Eduardo Dias, da TV Gazeta
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