A Polícia Civil está investigando o caso de um jovem de 18 anos que deu entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) desacordado e com sinais de abuso sexual na noite de terça-feira (25), em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. A Polícia Militar foi acionada e disse que, conforme relatos da família da vítima, o crime teria ocorrido durante uma corrida de aplicativo.
A Polícia Militar comunicou que foi acionada para ir até uma UPA de Cachoeiro de Itapemirim para averiguar uma suspeita de estupro. No local, a mãe da vítima relatou que o filho de 18 anos saiu de casa na companhia de uma amiga para beber em uma loja de conveniência localizada no bairro Gilberto Machado. Às 20h, o rapaz informou à mãe, por meio de aplicativo de mensagem, que estava retornando para casa em um carro de aplicativo e que apresentava sinais de ter ingerido bebida alcoólica. Momentos depois, ele voltou a entrar em contato pedindo ajuda, pois estava perdido.
Ainda conforme o relato da mãe do rapaz à PM, durante uma ligação de vídeo feita por ela, o motorista do aplicativo teria atendido à chamada, momento em que a mãe percebeu que tanto seu filho quanto o condutor do veículo estavam nus. Durante a ligação, o homem também teria feito ameaças contra o rapaz.
Segundo a PM, o rapaz contou à mãe que, após o ocorrido, foi deixado pelo motorista no mesmo local onde havia embarcado anteriormente, sendo, em seguida, levado pela família até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Marbrasa, onde foram constatados “fortes indícios de abuso sexual”, conforme informado à corporação. A vítima estava desacordada, “aparentemente sob efeito de substância desconhecida, o que impossibilitou o relato direto aos policiais”, conforme registro da Polícia Militar.
Procurada por A Gazeta, a Polícia Civil informou que o caso seguirá sob investigação da Delegacia Especializada de Infrações Penais e Outras (Dipo) de Cachoeiro de Itapemirim e que "não há detalhes que possam ser divulgados, no momento".
A reportagem entrou em contato com a 99, aplicativo pelo qual foi realizada a corrida. Em nota, a empresa repudiou o crime e diz que adota "tolerância zero em qualquer caso de violência". Acrescentou que bloqueou o perfil do motorista da plataforma, que busca contato com a vítima para prestar auxílio e que está à disposição das autoridades.
A 99 lamenta o caso e informa que conta com uma política de repúdio e tolerância zero em qualquer caso de violência, especialmente contra violência sexual. Assim que a empresa tomou conhecimento do caso, o perfil do motorista parceiro foi bloqueado da plataforma. Uma equipe especializada busca contato com o passageiro para oferecer acolhimento e orientações para acionamento do seguro, que inclui auxílio para despesas médicas e apoio psicológico. A empresa segue à disposição para colaborar com as investigações das autoridades.
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