A Polícia Civil investiga um caso de estupro contra uma criança de nove anos em Guarapari. Segundo a família, no dia 18 de maio, o menino contou aos pais que foi abusado por um amigo da família, um homem de 29 anos, no local de trabalho do pai.
Essa não foi a primeira vez, segundo a criança, pois duas semanas antes o suspeito havia cometido o mesmo ato. Os nomes dos envolvidos não estão sendo divulgados para preservar a identidade da vítima, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad).
Em conversa com a reportagem de A Gazeta, a mãe do menino disse que o filho começou acompanhamento psicológico, pois está muito retraído.
“Ele era muito animado, mas não é o mesmo. Ficou mais nervoso, passa do horário de dormir e come pouco. Ele contou para a gente só depois da segunda vez porque estava morrendo de vergonha da situação”, explicou a mãe.
A família está revoltada, pois o suspeito convive com a família há anos e chegou a ir à casa deles após o primeiro abuso, de acordo com a familiar. Durante as horas dentro da residência, ele chegou a consertar a bicicleta da vítima.
"Ele [suspeito] foi lá em casa dias depois da primeira vez, era uma terça-feira, e acho que para sondar. Como viu que estava ‘tudo bem’, pois meu filho não tinha me contado ainda, ele fez de novo no sábado seguinte. Olha na hora me deu vontade de matar, é uma revolta. É amigo do meu esposo, ia lá para casa depois do trabalho, a gente se sente sozinho", desabafou a mãe.
Os relatos da criança, registrados no boletim de ocorrência, detalham como tudo aconteceu na última vez. O homem chegou no trabalho do pai, onde ficou conversando, mas quando o responsável saiu para resolver um problema, o amigo da família ofereceu um celular ao menino para chegar perto e cometeu o abuso. Os familiares falaram que o homem sumiu da região após descobrir da denúncia feita à polícia.
Após a elaboração do boletim de ocorrência, a criança foi encaminhada à delegacia, onde foi submetida ao exame que comprovou o crime, de acordo com a Polícia Militar.
Já a Polícia Civil informa que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente e ao Idoso (DPCAI) de Guarapari. Por envolver menor de idade, o caso segue sob sigilo.
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